Deserto de ideias no ataque do bicampeão
Benfica Águia não festeja há 353 minutos e tem uma média de apenas meio golo por jogo
equipa do Benfica, que anteontem jogou e perdeu a Supertaça, para o Sporting, pouco ou nada tem a ver com a que se sagrou bicampeã, em maio. Acima de tudo, salta à vista a pouca organização coletiva e a escassez de referências e de ideias no ataque.
Frente aos leões, não conseguiu criar uma verdadeira oportunidade de perigo na segunda parte. A estatística, que engloba, também, a pré-temporada, é elucidativa. Em seis partidas, o Benfica concretizou três golos.
A tendência para não acertar na baliza acentuou-se no passado recente: não marca desde o golo de Pizzi, aos sete minutos, diante do NY Red Bulls, na digressão à América do Norte. De lá para cá, passaram 353 minutos!
Além do internacional português, apenas Talisca e Jonas fizeram o gosto ao pé. Diferença radical relativamente ao Benfica, de Jorge Jesus, que nas últimas seis épocas, se distinguia, exatamente, por ser uma “máquina trituradora”.
Taticamente, o treinador Rui Vitória não arruma a equipa da mesma maneira. Os laterais não ajudam tanto à subida dos extremos e os médios, Fejsa e Samaris, têm menos raio de ação.
É, portanto, um problema de estratégia e não tanto de futebolistas, apesar da SAD contar apresentar mais dois ou três reforços este mês.
O mexicano Raul Jimenez chegou, ontem à noite a Lisboa, cedido pelo Atlético de Madrid. Faltarão ainda dois extremos (a saída de Gaitán é quase certa) e um lateral. Sem tempo a perder, Vitória começa a preparar, hoje (9.30 horas), o arranque na Liga, ante o Estoril, na Luz. O Benfica continua à procura da primeira vitória.
Raul Jimenez chegou ontem para assinar pelo Benfica