PJ deita mão a quatro suspeitos de terem ateado vários fogos
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem a detenção de três indivíduos, suspeitos de terem ateado sete incêndios florestais em Penacova e quatro em Chaves, nos últimos dias, e dois na Póvoa do Varzim, em maio. Mas ontem, apurou o JN, a PJ de Coimbra deitou a mão a um segundo suspeito em Penacova.
Este último foi levado para a PJ, mas, a meio da tarde, fonte policial, questionada pelo JN, afirmou que ele “ainda” não fora formalmente detido. Residente da povoação de Hospital, terá ateado um fogo, pelo menos, à porta de casa
O outro detido de Penacova é madeireiro, tem 48 anos e está referenciado por abusar do álcool e consumir antidepressivos. Foi apanhado pela população em flagrante delito, na segunda-feira, em Oliveira do Mondego. Houve quem quisesse fazer justiça pelas próprias mãos, mas surgiu a GNR, que o entregou à PJ. Ontem de manhã, um comunicado imputava-lhe três incêndios, um deles “grande”, iniciado em Lavradio, no dia anterior. Mas, à tarde, fonte policial acrescentou um quarto fogo na segunda-feira, outro no domingo e dois no sábado. Sempre no concelho, superpovoado de eucaliptos, de Penacova. O suspeito deslocava-se numa carrinha, com motosserras e jerricans de gasolina, que foi apreendida.
Em Chaves, a PJ de Vila Real deteve um pastor, de 39 anos. É suspeito de quatro fogos, entre 28 de julho e 5 de agosto. Os incêndios, disse a PJ, “colocaram em perigo grandes manchas florestais, constituídas por mato e diverso tecido arbóreo de valor elevado, que apenas não foram consumidas devido à rápida deteção e intervenção dos bombeiros”.
Por seu lado, a PJ do Porto anunciou a detenção de um jovem, de 20 anos, por dois incêndios, registados numa freguesia da Póvoa do Varzim, a 18 e 19 de maio do corrente ano”. O suspeito, ali apresentado como “cantoneiro inativo”, confessou à PJ que queria ser bombeiro. Foi nas suas deslocações de bicicleta por caminhos florestais, perto de casa, que ateou os fogos. Um durou pouco, mas o outro varreu 117 hectares de pinhal e eucaliptal.
Ao fecho desta edição, ainda não havia notícia de medidas de coação.