Comércio Portugal sem impacto
Os especialistas ouvidos pelo JN/Dinheiro Vivo afastam impactos significativos para as empresas portuguesas que exportam para a China. Para João Marques da Cruz, da Câmara de Comércio Luso-Chinesa, o mais importante é “olhar para a capacidade de crescimento da economia chinesa”. Filipe Garcia, economista da IMF Informação de Mercados Financeiros, lembra ser “muito mais relevante a variação entre o euro e o dólar” para as empresas nacionais. os analistas antecipam que a “mexida” poderá marcar o arranque de uma guerra cambial.
Na prática, o banco central chinês atirou o câmbio do yuan face ao dólar de 6,1162 para 6,2298, enfraquecendo a moeda. Dessa forma, melhora a competitividade das empresas exportadoras chinesas, numa economia que dá sinais de menor robustez e que fez ressurgir os receios dos investidores quanto à desaceleração do segundo maior motor económico mundial.
De acordo com as expectativas, a China deverá registar um crescimento de 7% em 2015, o mais baixo em 25 anos.
Do outro lado da fronteira, um yuan mais fraco dificulta a venda de bens europeus e norte-americanos para a China, embora para as empresas portuguesas o impacto não seja, por enquanto, qualificado como “significativo”.