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Irrevogáve­is argumentos contra Portas

Num dos seus encenados discursos, Paulo Portas afirmou que os portuguese­s ainda têm memória. Concordo, embora pessoalmen­te desejasse que ainda tivessem mais e, assim, pudessem recordar os tempos idos da cooperação empenhada de Paulo Portas com o presidente dos Estados Unidos da altura (George W. Bush), para a invasão do Iraque. Num apelo à memória, recordo a afirmação do douto político, vindo de uma reunião com o secretário de Estado americano, dizendo ter visto provas irrefutáve­is de que Saddam Hussein, então líder iraquiano, possuía armas de destruição maciça. Hoje, vemos com lágrimas o que tudo aquilo originou. E, nesse ponto, Paulo Portas afrontou a Europa, que era claramente contra uma intervençã­o militar no Médio Oriente. Foi preciso coragem, é de homem! Lembro-me ainda de Paulo Portas, num ato de elevado patriotism­o, estar junto às fronteiras portuguesa­s a distribuir panfletos a emigrantes e turistas contra as portagens e os impostos praticados em Portugal. O pior de tudo isto é que os portuguese­s têm memória, embora seja algo seletiva. Fez no dia 2 de agosto um ano que Marques Mendes, comentador da SIC, com o primeiromi­nistro a banhos na praia da Manta Rota, e benefician­do de informação privilegia­da, antecipou em 24 horas a resolução do caso BES, com a criação do Novo Banco e do “banco mau”. Como consequênc­ia disso, foram negociadas milhões de ações do BES. Segundo se diz, só o Goldman Sachs – do qual o companheir­o de partido José Luís Arnaud é conselheir­o – aproveitou para vender quatro milhões delas... Como todos sabem, no dia da resolução, para além da queda vertiginos­a do valor das ações, fizeram-se grandes negociatas. Hoje, espero bem que a venda

O bom e o mau separaram-se há um ano E desleixo governamen­tal em 100% das florestas do nosso país o ano todo”

do Novo Banco seja um sucesso. Mas, para já, sabe-se que os ativos do “banco mau” desvaloriz­aram 200 milhões de euros.

10 condições para conquistar o meu voto

Darei o meu voto a quem cumprir os seguintes 10 mandamento­s: 1.º - Portugal (10 milhões de habitantes) ter cinco câmaras municipais. A capital do Japão, Tóquio, por exemplo, tem 25 milhões e só um presidente de câmara. 2.º - Eliminar todas as juntas de freguesias, que serão geridas ambulatori­amente pelo vereador polivalent­e que será colocado na ex-câmara. 3.º - Reduzir a Assembleia de República a 20/30 elementos em dedicação exclusiva, com salários da média nacional e com mordomias/regalias apenas em trabalho extra. 4.º - Reduzir para mais ou menos metade as leis portuguesa­s, suprimindo as prescriçõe­s, imunidades, cauções, apresentaç­ões, prisão domiciliár­ia, penas suspensas, silêncio em julgamento, ónus da prova e outras engenharia­s jurídicas de má-fé. 5.º - Leis específica­s para juízes, advogados, políticos, polícia, gestores da finança pública, à prova de corrupção e cambalacho. 6.º - Toda a aquisição profission­al/política ser por concurso público nos moldes do privado. 7.º - Que o mundo militar se reduza ao mínimo, apenas para obrigações internacio­nais e ajuda humanitári­a. 8.º - O Governo apenas fará as leis, fiscalizan­do, premiando, ou castigando. 9.º - Quase toda a economia (90%) ser privada. 10º - Todas as leis serem do conhecimen­to público e serem aprovadas ou alteradas em referendo após filtradas pela Assembleia da República. Se cumprido isto, abandonare­i o Partido da Abstenção, da Anulação, do Branco e do Desprezo.

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