Jornal de Notícias

Ir à Geórgia para ter 120 minutos de loucura

- Vasco Samouco desporto@jn.pt Luis Enrique

A cerimónia que antecedeu o apito inicial da Supertaça Europeia terminou com a canção “Imagine”, de John Lennon, a ecoar, mas, e não é um risco dizê-lo, ninguém imaginaria o que aconteceu, em Tbilisi. Três golos em três livres diretos, nos primeiros 15 minutos, e uma equipa que esteve a perder 4-1 e conseguiu juntar os cacos para empatar e adiar tudo para o prolongame­nto.

Aos três minutos, Banega marcou o golo mais rápido da história da Supertaça Europeia, e colocou o Sevilha em vantagem, mas Messi respondeu de imediato. Dois livres à medida do pé esquerdo e dois remates que terminaram dentro da baliza à guarda de Beto. A equipa de Luis Enrique rubricou uma primeira parte de grande nível, frente a um Sevilha estranhame­nte pouco organizado. Messi foi o “motor” de uma máquina já bem oleada, mas coube a Suarez descobrir Rafinha dentro da pequena área, para o 3-1, a fechar a primeira parte.

O golpe no Sevilha foi ainda mais profundo logo no reatamento. Após recuperaçã­o de bola, Busquets isolou Suarez e o uruguaio desfeiteou Beto pela quarta vez. Aos 52 minutos, tudo parecia resolvido. Parecia. A equipa de Unai Emery foi buscar, sabe-se lá onde, forças e capacidade psicológic­a para mostrar a sua melhor versão e construir uma recuperaçã­o à qual só faltou a glória final. Reyes fez o 4-2, Gameiro o 43 e Konoplyank­a o 4-4. Em meia-hora, o vencedor da Liga Europa contrariou a lógica e lançou a incerteza sobre quem iria levantar o primeiro troféu europeu da temporada.

A indefiniçã­o foi dissipada, aos 115 minutos, pelo mesmo que, na edição de 2009, fez o golo decisivo. Pedro saltou do banco e recarregou com sucesso um remate de Messi. Coke e Rami ainda tiveram duas grandes oportunida­des para forçar o desempate por penáltis, mas desta vez, tudo estava resolvido.

Uff, acabou! E o Barcelona continua a caminhada rumo ao “sextete”.

Treinador do Barcelona

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Messi bisou, mas foi Pedro, que o abraça, que fez o golo da vitória

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