Passos insiste no diálogo sobre pensões
Pedro Passos Coelho garantiu, ontem, que o PSD nunca será “oposição ao país”, questionado sobre se viabilizará um eventual Orçamento socialista. Por outro lado, insistiu nos apelos ao PS para um acordo com vista à reforma da Segurança Social.
“A melhor resposta que posso dar é convidar os portugueses a ver o comportamento que tive quando presidi ao PSD na altura em que era o maior partido da Oposição. Nunca nos colocámos, nunca me coloquei, como obstáculo”, disse o líder do PSD, após um breve contacto com a população, em Sintra, juntamente com o líder do CDS e viceprimeiro-ministro, Paulo Portas.
Passos Coelho não respondeu diretamente mas, interrogado sobre se, com base nesse comportamento passado, isso significava um “sim” a um Orçamento do PS, afirmou que “o país nunca pode ficar prisioneiro”. E “nós nunca seremos Oposição ao país”, acrescentou.
“Hoje, o que queremos é encontrar um resultado que permita que o país mantenha a coligação a governar ainda em melhores condições”, referiu depois. E o objetivo “não é especular sobre o que faremos se perdermos as eleições, mas o que vamos fazer se as ganharmos”, contrapôs Passos Coelho.
O primeiro-ministro recordou que viabilizou um aumento de im- postos no Governo de José Sócrates, pelo qual pediu desculpa aos portugueses, argumentando que o fez para “que o país evitasse um resgate”. E lembrou que houve contrapartidas, em cortes na despesa, incluindo de 5% nos salários dos políticos. “Ainda hoje os políticos ganham menos 5% do que os restantes funcionários públicos”.
Ao almoço, em Mafra, insistiu que procurará no PS “quem possa dar a cara” por uma reforma da Segurança Social que dê confiança aos futuros pensionistas. A Portas couberam, de novo, os ataques ao PS, que acusou de ter um programa “ultraliberal”, e pediu aos eleitores um “Governo maioritário”.