Jornal de Notícias

Advogada condenada por difamar juiz e ex-namorado

- ÓSCAR QUEIRÓS

advogada de Santa Maria da Feira foi condenada, nos Juízos Criminais do Porto, a multa de 4070 euros, por denúncia caluniosa e difamação. Foi condenada, ainda, a indemnizar uma procurador­a, um juiz e dois colegas num total de 14 mil euros.

Sónia Santiago foi julgada por causa do teor de uma participaç­ão que fez, em maio de 2012, ao Conselho de Deontologi­a do Porto da Ordem dos Advogados (OA), na qual acusou o colega Joaquim Maia de Almeida, seu ex--companheir­o, de a ameaçar, perseguir e de ter divulgado um CD com fotos íntimas. No mesmo documento, a advogada acusa uma procurador­a, Sónia Marina, do Ministério Público da Feira, de a instigar a desistir da queixa. Sónia Santiago queixou-se ainda à OA que o “ex” é muito amigo de um juiz, António Alberto Pinho, presidente do Tribunal de Oliveira de Azeméis, e do advogado Manuel Mota Pinho e que os três terão contratado um indivíduo para a matar e agredir o seu atual marido, negociante de automóveis.

Os denunciado­s vieram a ter acesso ao documento e queixaram-se por difamação e denúncia caluniosa. A ad- por sua vez, defendeu-se, argumentan­do que ocorrera “violação de segredo profission­al”, pelo que a prova era “proibida e nula”. O tribunal não seguiu o seu entendimen­to e condenou-a a multa e a pagar aos queixosos: 4 mil euros à procurador­a Sónia Marina, 5 mil ao juiz António Alberto e outro tanto para Joaquim Almeida, o ex-companheir­o.

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