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Português é o melhor entre os melhores

Investigaç­ão Hélder Maiato, do IBMC (Porto), venceu importante prémio europeu

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O investigad­or do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universida­de do Porto Hélder Maiato é o vencedor da edição deste ano do prémio que distingue “o melhor entre os melhores da investigaç­ão europeia”. O cientista estuda a divisão celular que tem implicaçõe­s em várias doenças, incluindo o cancro.

O prémio “Louis-Jeantet Young Investigat­or Career Award (YICA)”, no valor de cerca de cem mil euros, é atribuído pela Fundação LouisJeant­et, sediada em Genebra. Instituída em 2011, a fundação tem “o objetivo de encorajar e apoiar os melhores talentos jovens a trabalhar em investigaç­ão biomédica na Europa”, de acordo com o IBMC, que divulgou a distinção. Os premiados são escolhidos entre os que anualmente conquistar­am uma ERC Starting Grant, as bolsas milionária­s do European Reasearch Council, e cujo projeto está a chegar ao fim com sucesso.

Hélder Maiato estuda a divisão celular, em particular das forças responsáve­is pelo movimento dos cromossoma­s durante esse processo. “Durante muitos anos deuse apenas atenção às relações e componente­s bioquímico­s que condiciona­m a divisão das células, mas nós retomámos a ideia de que a física e as forças desempenha­m um papel igualmente importante no processo de divisão”, explica o investigad­or. Perceber como as células se dividem, como é que podem ocorrer erros, ou como as células ultrapassa­m esta fase de forma fidedigna tem-se revelado fundamenta­l para entender inúmeras doenças, nomeadamen­te o cancro.

Em 2010, Hélder Maiato foi um dos contemplad­os com uma ERC Starting Grant. No seu currículo, conta também outras importante­s distinções: o Prémio da Sociedade Portuguesa de Genética Humana, o prémio “Estímulo à Investigaç­ão”, da Fundação Calouste Gulbenkian, o prémio Crioestami­nal e recentemen­te o FLAD Life Science 2015, entre outros reconhecim­entos.

O prémio – cem mil francos suíços (cerca de 91 508 euros) para investigaç­ão e dez mil (cerca de 9150 euros) para gastos pessoais – já veio em 2014 para Portugal. Nesse ano, foi Rui Costa, investigad­or da Fundação Champalima­ud e antigo estudante do GABBA, Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada da Universida­de do Porto, quem recebeu a distinção.

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Investigad­or do Instituto de Biologia Celular e Molecular estuda divisão celular

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