Jornal de Notícias

Corte de mil milhões ameaça fornecedor­es

Volkswagen Governo reafirma que “não há sinais” de impacto na Autoeuropa

- Diogo Ferreira Nunes diogofnune­s@dinheirovi­vo.pt

Mil milhões de euros por ano. Este é o corte que a Volkswagen (VW) vai aplicar na sequência do plano de eficiência ontem apresentad­o pela marca de Wolfsburgo. Plano que poderá ameaçar o futuro dos fornecedor­es da marca do grupo alemão, de acordo com os analistas contactado­s pelo JN/Dinheiro Vivo.

O Governo português - recordese – ainda não recebeu quaisquer garantias da parte do grupo alemão sobre a continuaçã­o do investimen­to de 677 milhões de euros na Autoeuropa até 2018.

“É perfeitame­nte possível que, através dos cortes, acabe por haver despedimen­tos e que os fornece- dores sejam afetados”, admite a analista-chefe do setor automóvel da BMI Research, Anna-Marie Baisden. Os cortes em investimen­tos considerad­os como não prioritári­os já tinham sido antecipado­s pelo líder do grupo Volkswagen, Matthias Müller.

Com o plano anunciado ontem, “a VW não deverá encerrar fábricas”, prevê Carlo Simongini, da consultora Focus2move. Já AnnaMarie Baisden detalha que estes cortes deverão afetar as despesas em áreas como o marketing e os patrocínio­s. A imprensa alemã adiantou já que a VW não vai renovar o patrocínio para a Taça da Alemanha de futebol a partir de 2016.

O plano ontem apresentad­o inclui também uma nova estratégia: a aposta é agora nos modelos híbridos e elétricos. Em 2017, a Volkswagen deverá comerciali­zar pela primeira vez de série um modelo 100% elétrico. A honra caberá ao Phaeton, o topo de gama da fabricante de Wolfsburgo.

Pires de Lima sem sinais da VW

Sobre a Autoeuropa, o ministro da Economia, Pires de Lima, remeteu mais comentário­s do Governo para amanhã à tarde, depois da segunda reunião do grupo de trabalho que está a acompanhar o caso da manipulaçã­o das emissões poluentes.

Este grupo de trabalho, constituíd­o por vários elementos do executivo e de instituiçõ­es como a ASAE, a ICEP e o IMT, tem de apresentar o relatório final até 2 de novembro.

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Em Portugal, grupo de trabalho tem de apresentar relatório até ao próximo dia 2

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