‘Playboy’ Portugal admite manter nudez nas capas
Mudança
“A ‘Playboy’ prima pela liberdade de expressão, por isso não tinha lógica obrigar todos os países a seguirem a decisão da publicação norte-americana. Em Portugal, pode haver ou não nudez nas nossas edições”. Foi assim que Marco António Reis, o diretor da edição portuguesa da famosa revista de conteúdo erótico dirigida ao público masculino, reagiu à notícia que ontem dominou as atenções. A partir de março, a edição original, nos Estados Unidos, deixará de publicar produções com nu integral. Algo que até já aconteceu em Portugal, em 2012, com a produção para a revista da atriz Rita Pereira que marcou exatamente por surgir vestida.
Segundo o responsável português, “há uma marca, um licenciamento e ‘deadlines’ que têm que ser respeitados, mas publicar ou não nudez é uma opção editorial de cada diretor de cada país. A posição tomada pela revista norte-americana é só em relação ao mercado deles”.
“Em Portugal, há mercado para a revista e não necessariamente por causa da nudez. Isto porque não há conteúdos desta natureza, também não há mulheres portuguesas a publicarem fotos eróticas com qualidade nas redes, que é o que acontece nos Estados Unidos”, explica Marco António Reis. Por cá, “tentamos sempre ter, no mínimo, duas mulheres portuguesas para que o público se identifique”, acrescentou.
A “Playboy” lusa vai agora na terceira aposta, depois da estreia, em 2009. A nova gerência tem já quatro edições na banca, sendo Paulo Futre o protagonista da estampa deste mês.
Espreitar por baixo da roupa
Lá fora, na casa pioneira, por terras do Tio Sam, é a internet que leva a que a nudez explícita seja banida, em breve, das páginas da publicação fundada por Hugh Hefner, em meados do século passado. Numa época em que nada é proibido, o voyerismo pornográfico também deixou de ser tão apetecível como na década de 70, quando a “Playboy” e outros títulos mais atrevidos, como a “Gina”, se escondiam entre jornais ou eram folheados às escondidas. Hoje, a ousadia está em todo o lado, o que vulgarizou o “pecado” e fez descer as vendas da revista
que revolu-