Redução da taxa de IMI significará menos 800 mil euros
A Câmara de Gaia é uma das que mais receita vão perder em 2016 com a redução da taxa de IMI para famílias com filhos, explicando a decisão com a vontade de ter um efeito pedagógico. A Autarquia vai receber menos cerca de 800 mil euros em receitas com uma redução da taxa de IMI em 2%, mas garante que irá continuar a fazer “investimento inteligente” e a intervir em áreas estratégicas.
“A opção pela redução do IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] é uma opção deliberada e tem em conta a situação difícil que o município vive”, disse à Lusa o presidente da Câmara. O socialista Eduardo Vítor Rodrigues espera um “efeito pedagógico” da decisão que diz assentar na ideia de que “não foram os gaienses que levaram o município à situação financeira em que está e, portanto, não podem ser os gaienses a pagar”.
No início do mês, a Autarquia aprovou em reunião camarária, com os votos contra da oposição PSD, uma diminuição de 2% no imposto municipal – que se fixará em 0,45% –, um valor que será aplicado a todas as famílias. Para aguentar uma redução no IMI pelo segundo ano consecutivo, foi necessário “emagrecer a estrutura, reduzir investimento supérfluo e reduzir muitas despesas correntes absolutamente supérfluas”, explicou.
Sem desinvestir
“A câmara tem demonstrado uma capacidade muito grande de se reestruturar, de se reorganizar, o anuário [sobre as finanças das câmaras] que saiu esta semana é muito evidente disso”, destacou , lembrando que Gaia foi, em 2014, “simultaneamente o primeiro município na redução da despesa e o terceiro do país no valor global de investimento”.
Tais resultados demonstram que a autarquia não está “a pagar dívidas à custa da redução da capacidade de intervenção”, razão pela qual Vítor Rodrigues garante que a falta dos 800 mil euros não irá por em causa o investimento no concelho.
Presidente justifica decisão com vontade de conseguir um efeito pedagógico