“Fast food” gera guerra entre Câmara e clube
Paços de Ferreira Projeto para instalar restaurante tem versões diferentes. Hoje há esclarecimentos
Está tenso o ambiente entre os responsáveis da Câmara e os dirigentes do Futebol Clube Paços de Ferreira (FCPF). Tudo devido à instalação de um restaurante McDonald´s na cidade, que levou, inclusive, o presidente da autarquia, Humberto Brito, a expulsar do seu gabinete dois empresários locais.
Para a noite de hoje está marcada uma sessão de esclarecimento, na qual os dirigentes do clube pacense deverão comentar as palavras de Carlos Barbosa, que já veio desmentir a posição assumida pelos seus sucessores na liderança dos castores. A polémica instalouse
Presidente CM Paços Ferreira quando o edil de Paços de Ferreira tomou conhecimento da apresentação nos serviços camarários de um pedido de licenciamento para a instalação de um restaurante McDonald’s no centro da cidade.
Expulsos do gabinete
O autarca chamou, então, os promotores do projeto, Óscar e José Carlos Seabra, para os informar que a sua pretensão seria indeferida. Para além de questões relacionadas com o urbanismo, Humberto Brito justificou a decisão com o facto de projeto semelhante já estar a ser planeado para terrenos municipais situados junto ao Estádio da Mata Real e que disso tinham conhecimento os dirigentes do FCPF. Os empresários locais não aceitaram as explicações e durante a discussão que se seguiu acabaram por ser expulsos do gabinete do edil. Foram ainda identificados pela PSP e, em comunicado, a Câmara garantiu
Ofendido na honra e dignidade, no espaço onde desempenha diariamente funções para as quais foi eleito, o presidente da Câmara não alimenta mais polémica sobre esta matéria” Clube informa que nunca foi informado de contactos ou negociações
que Humberto Brito foi “ofendido na sua honra e dignidade”.
No entanto, dias depois, o FCPF desmentiu, também através de comunicado, a versão do município. “Nunca esta direção, mormente qualquer elemento seu, participou ou foi sequer informado de forma formal ou credível de quaisquer contactos e negociações”, lê-se num documento assinado pelo atual presidente, Paulo Meneses.
Mas, ao JN, Carlos Barbosa, antecessor de Meneses na liderança dos castores, confirma que chegou a falar com Humberto Brito sobre o projeto. “Nunca participei em nenhuma reunião, mas tanto o presidente atual como o anterior foram-me dando notícias dessa possibilidade”, diz.