Israel volta a rejeitar força internacional
Médio Oriente Secretário de Estado norte-americano vai encontrar-se com dirigentes da região
O secretário de Estado norteamericano, John Kerry, vai encontrar-se com os líderes israelita e palestiniano e outros dirigentes do Médio Oriente em reuniões separadas, para discutir a espiral de violência na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém.
Em Paris, onde foi defender a reeleição dos EUA para a direção da agência das Nações Unidas para a Educação, a Cultura e a Ciência (UNESCO), Kerry precisou que se reunirá com Benjamín Netanyahu na Alemanha, deslocando-se depois à região, para reuniões com o presidente Abbas, o rei Adbullah da Jordânia e outros.
Também ontem, Netanyahu recusou uma proposta de França ao Conselho de Segurança da ONU para a presença de forças internacionais na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental.
O projeto “não menciona a incitação palestiniana, não menciona o terrorismo palestiniano e apela para a internacionalização do Monte do Templo (denominação dos judeus para o recinto sagrado)”, disse, assegurando que “só Israel e unicamente Israel é que garante os locais santos no Monte do Templo”.
Por seu lado, as autoridades palestinianas acusaram Israel de tentar mudar o “statu quo” na Esplanada das Mesquitas devido às cada vez mais abundantes visitas de judeus nacionalistas que pretendem rezar no local.
O chefe da Igreja Católica segue “com grande preocupação a situação de forte tensão e violência na Terra Santa” e pediu aos cidadãos e aos governos de Israel e da Palestina “valentia para darem passos concretos” para a distensão.
“Neste momento é necessário coragem e muita força para dizer não ao ódio e à vingança, e mostrar gestos de paz”, disse Francisco.
Entretanto, um tribunal de Gaza condenou dois palestinianos à pena de morte por colaboracionismo com os serviços secretos israelitas desde 2000, atuação que custou a vida a um número indeterminado de membros da “resistência palestiniana”.