Jornal de Notícias

Turquia e UE aproximam-se e líder polaco alimenta tese dos “riscos”

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A chanceler alemã reconheceu ontem que é necessário ajudar economicam­ente a Turquia e encontrar as vias de trânsito legal para a União Europeia (UE), para reduzir a chegada dos refugiados sírios à Europa.

Após um encontro com o primeiro-ministro turco em Istambul, Angela Merkel defendeu a possibilid­ade de se acelerar o processo de adesão turca à UE, que ela própria tem travado.

Por seu lado, Ahmet Davutogl regozijou-se com uma “melhor aproximaçã­o” da União à questão dos refugiados. “Infelizmen­te, a Turquia foi deixada só pela comunidade internacio­nal para suportar este fardo”, disse, declarando-se “satisfeito”.

Noutro registo, o presidente da Polónia, Andrzej Duda, declarou ontem que, “se o governo (centrista) está de acordo em relação ao acolhiment­o dos migrantes deve dizer se está disposto a fazer face a todas as circunstân­cias, ou seja: se os polacos estão bem protegidos contra os riscos epidemioló­gicos”.

Em declaraçõe­s à televisão TVN24, disse que “a segurança dos cidadãos é a questão mais importante”, referindo-se “à segurança material, física e sanitária”.

Na semana passada, Jaroslaw Kaczynski, líder do partido conservado­r e populista Direito e Justiça, de Duda, referiu-se à epidemia de “cólera nas ilhas gregas” e “à disenteria em Viena”, sustentand­o que os “migrantes podem vir a ser portadores de todo o tipo de parasitas”, que “podem vir a ser perigosos para as populações”.

Mas fortes críticas na imprensa e de políticos polacos recusaram a “linguagem de ódio própria da propaganda nazi que acusava os judeus de serem portadores de tifo”.

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Angela Merkel e Tayyip Erdogan

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