Jornal de Notícias

Quando o público manda na TV

Tendência Serviço de TV “on demand” em Portugal alargada a seis canais e com cada vez maior procura

- Nuno Cardoso cultura@jn.pt

Tantos programas para ver e tão pouco tempo para o fazer. Quantas vezes não perde o fio à meada e se esquece de ver aquele episódio decisivo? Quando não há hipótese de ver televisão em direto e deixamos escapar os sete dias de disponibil­idade nas gravações automática­s, a TV “on demand” é a melhor opção. A mudança dos hábitos de vida ditou um novo tipo de consumo de televisão: vemos os conteúdos que queremos, à hora e as vezes que queremos, na plataforma por nós selecionad­a: TV, smartphone, tablet ou computador.

Com a chegada do Netflix Portugal, a oferta do serviço de TV “on demand” alarga-se a seis canais. Caso de sucesso nos EUA, a plataforma de “streaming”, criada em 1997, chega cá, depois de amanhã.

A Fox Portugal foi o primeiro canal por cabo, entre nós, a lançar a sua própria plataforma de vídeo “on demand”. O Fox Play agrega todos os episódios, exibidos até à data, das principais séries do universo Fox (Fox, Fox Life e Fox Crime), disponívei­s para visualizaç­ão quando o público quiser e ao ritmo que desejar. O serviço, presente na televisão, computador ou portátil, smartphone­s e tablets, e que tem as séries mais revelantes do canal, como “The walking dead”, “Segurança nacional”, “Anatomia de Grey”, “American horror Story”, “Scandal”, “Gotham” ou “Empire”, é gratuita para todos os clientes da operadora Vodafone TV. Desde a apresentaç­ão do serviço, em julho, houve mais de 70 mil “downloads”.

No Netflix, e a partir de depois de amanhã, ficarão disponibil­izados todos os episódios das primeiras temporadas de séries como “Sense8” (drama e ficção científica), “Narcos” (crime), “Marco Polo” (drama histórico), “Grace e Frankie” (comédia), “O Demolidor” (aventura e ação) e “Unbreakabl­e Kimmy Schmidt” (comédia). A 20 de novembro, chega a primeira temporada de “Jessica Jones”, a heroína da Marvel. Apesar de algumas das suas séries de produção original mais emblemátic­as ficarem de fora do pacote para Portugal, por já terem direitos de transmissã­o assegurado­s com outros canais – casos de “Orange is the new black” e “House of cards” –, a Netflix já prometeu novas séries, em exclusivo na plataforma de “streaming”. Os preços oscilam entre os 7,99 e os 11,99 euros por mês, consoante a qualidade de imagem dos conteúdos e o número de plataforma­s que cada cliente pode usar em simultâneo.

Serviços gratuitos

Com um serviço mais alargado, há dois operadores que deixam o público ver os programas que quiserem, de entre a sua oferta de canais, quando quiserem. O N Play, da operadora Nos, dá acesso ilimitado às séries, filmes, desenhos animados ou documentár­ios dos canais no seu pacote, por um preço fixo mensal de 7,50 euros. Já a Meo Go varia de preços, desde o gratuito até aos 7,99 euros por mês, consoante o pacote que o cliente queira no que toca aos lugares a partir dos quais se pode aceder e do tempo que os conteúdos ficam disponívei­s.

Ainda, no universo da TV em sinal aberto, a RTP e a TVI também têm os seus serviços de TV “on demand”. A estação pública foi a primeira a dar o passo, em 2011, com a RTP Play, e Queluz de Baixo seguiu-se-lhe, com o TVI Player, este verão. Ambos os serviços são gratuitos e contêm os programas completos exibidos nas respetivas grelhas de programaçã­o. Feitas as contas, e embora alguns dos nossos serviços de TV “on demand” sejam gratuitos, alguém que queira assinar todos os disponívei­s, poderia pagar até 27 euros mensais.

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“Empire” on demand na Fox
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