Jornal de Notícias

Cremações a aumentar vão ter três novos espaços

Grande Porto Funerária com espaço na Lapa anuncia mais três equipament­os na região. Junta deParanhos abriu tanatório em março

- Marta Neves martaneves@jn.pt

As cremações na área do Grande Porto estão a aumentar, tendência que se verifica nos 20 concelhos onde há crematório­s. No Porto, em 2014 abriu o primeiro serviço privado na igreja da Lapa, no Porto, a cargo da Servilusa. Empresa que tem intenção de abrir mais três equipament­os do género na região. Também em março passado, a Junta de Paranhos abriu um crematório e até à data já realizou 350 cremações.

“Não entendemos o crematório como um negócio. Para nós é um serviço que a Junta presta no sentido de facilitar o processo de luto e dar resposta à procura existente”, referiu, ao JN, Alberto Machado, presidente da Junta de Paranhos.

O autarca, que assumiu com fundos próprios da autarquia a construção do crematório, recordou que “quando existia apenas o da Câmara (no cemitério do Prado do Repouso), havia cremações sempre em atraso, o que fazia com que as famílias tivessem de esperar muitos dias para que o corpo do seu familiar fosse cremado”.

Aliás, a construção do crematório de Paranhos também se justificou por causa do cemitério “estar a atingir a sobrelotaç­ão”.

No Grande Porto, a única alternativ­a até ao ano passado, quando o crematório do Prado do Repouso não conseguia dar resposta a tantos apelos – foram realizadas 1911 cremações, mais 47 do que no ano transato –, era o Tanatório de Matosinhos, onde foram feitas 644 cremações, em 2014.

Daí que, perante este cenário, e tendo em conta que estes dois cre-

matórios não abrem ao domingo, a Servilusa não teve dúvidas, em outubro de 2014, em investir quase um milhão de euros para a construção do complexo funerário da Lapa, ao lado da igreja, com crematório e salas de velório, e sala de despedida privada para familiares.

No balanço do primeiro ano de atividade, Paulo Carreira, diretor-geral da Servilusa, não podia estar mais satisfeito: “Arriscamos na construção de um equipament­o pioneiro, uma vez que está inserido num edifício que é património histórico, mas conseguimo­s um feedback extremamen­te positivo”.

Sinal disso mesmo foram “as 500 cremações e os 300 velamentos” que acontecera­m no primeiro ano do equipament­o. Um serviço que, tal como os outros da Servilusa espalhados pelo resto do país, funciona “sete dias por semana”.

Paulo Carreira apontou que “logo a seguir a Lisboa, o Porto é a zona que apresenta o maior cresciment­o” deste tipo de cerimónia fúnebre”. E sublinhou que esta é uma tendência em expansão, lembrando que “há dez anos faziam-se quatro mil cremações por ano, enquanto que em 2014 o número era já de 13 mil”. “No fundo, houve um despertar desta cerimónia fúnebre, que é simples e economicam­ente mais vantajosa”, sintetizou. E tendo em conta este cresciment­o no Grande Porto, Paulo Carreira anunciou, ao JN, que tem “em vista três novos equipament­os”, escusando-se, por agora, a divulgar onde

Servilusa investiu quase um milhão de euros na construção do crematório da Lapa

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Tanatório de Matosinhos era, até 2014, a única alternativ­a ao Prado do Repouso, no Porto, que agora tem mais dois

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