Jornal de Notícias

Vitória magra mantém leões longe de dragões e águias

Triunfo pela margem mínima alcançado de penálti na sequência de um lance em que Téo Gutiérrez se encontrava fora de jogo

- Luís Antunes luis.antunes@jn.pt

O Sporting venceu, ontem, o Estoril, por 1-0, e consolidou a liderança da Liga, agora com cinco pontos de avanço sobre o F. C. Porto, que viu o jogo adiado devido ao mau tempo na Madeira. O leão entrou em Alvalade aburguesad­o pela vitória triunfal da Luz e sobreviveu quase toda a primeira parte com esse crédito e a ver o Estoril jogar. O nulo e a exibição do adversário obrigaram-no a mostrar as garras e a descer à terra para lutar pelos três pon- tos. A equipa de Jorge Jesus mereceu o triunfo, embora o lance decisivo tenha sido irregular. Apesar da desvantage­m, os canarinhos nunca desistiram e ainda fizeram sofrer o líder nos instantes finais.

Ewerton e Gerson foram os eleitos de Jorge Jesus para suprir as ausências forçadas de Naldo, lesionado, e Adrien, castigado. O Estoril entrou ambicioso, personaliz­ado, atrevido e assustou os locais, convencido­s que os louros do triunfo na Luz poderiam render juros. Mas esqueceram-se que o campo de batalha era outro.

Ainda muitos não se haviam sentado e já Gerso lançava o pânico na defesa sportingui­sta e prometia uma noite complicada a João Pereira.

Fabiano Santos, técnico canarinho, idealizou uma frente ofensiva abrangente, móvel e com Bruno César mais adiantado. A linha defensiva leonina, demasiado preocupada em parar os raides do adversário, mostrava não ter tempo nem competênci­a para assumir o jogo.

O Sporting parecia paralisado e perplexo com a audácia do Estoril, que criou as melhores oportunida­des na primeira parte. Rui Patrício amparou a equipa.

Com o chão a fugir-lhe, o Sporting – complicati­vo, individual­ista e previsível – tentou solucionar a equação no jogo aéreo. Slimani desempenho­u o único lance de verdadeiro perigo, mas a formação afunilava demasiado o jogo e não explorava as alas.

Jorge Jesus terá puxado as orelhas aos jogadores, pois o onze leonino surgiu transfigur­ado do intervalo. Mais enérgico e com outra rotação nos corredores, o Sporting abriu brechas e descoorden­ou a barreira contrária. João Pereira foi o primeiro desequilib­rador de uma ala direita renascida e que contagiou a equipa. E a muralha estorilist­a acabaria por cair, num lance em que Téo Gutiérrez acabou derrubado dentro da área. A infração existiu, mas o colombiano ganhou vantagem em posição de fora de jogo. O golo acentuou a confiança do líder, que desperdiço­u oportunida­des para ampliar a diferença e ainda apanhou um susto perto do fim, mas acabou por segurar os três pontos.

 ??  ?? Téo Gutiérrez recebe um abraço dos colegas. O Sporting ganhava vantagem, de penálti, após uma primeira parte em que a equipa de Jorge Jesus não convenceu
Téo Gutiérrez recebe um abraço dos colegas. O Sporting ganhava vantagem, de penálti, após uma primeira parte em que a equipa de Jorge Jesus não convenceu

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