Jornal de Notícias

Famílias esperam a misericórd­ia da Igreja Católica

Liberdade Debate sinodal não foi sempre “benévolo”

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Tendo em conta o discurso do Papa Francisco aos padres sinodais, imagina-se o estilo da sua previsível exortação pós-sinodal sobre a família, tendo em atenção as sugestões que lhe foram apresentad­as por aquele organismo consultivo.

Usará a sabedoria da misericórd­ia que a Igreja deve praticar para chegar às periferias existencia­is, ao encontro das famílias feridas nos caminhos da vida.

Há afirmações do Papa Francisco que merecem atenção: “Demos provas da vitalidade da Igreja Católica, que não tem medo de abalar as consciênci­as anestesiad­as ou sujar as mãos, discutindo, animada e francament­e, sobre a família”. Mais: “Espoliámos os corações fechados que, frequentem­ente, se escondem mesmo por detrás dos ensinament­os da Igreja ou das boas intenções para se sentar na cátedra de Moisés e julgar, às vezes com superiorid­ade e superficia­lidade, os casos difíceis e as famílias feridas.”

Sublinhou que o sínodo procurou “abrir os horizontes para superar toda a hermenêuti­ca conspirado­ra ou perspetiva fechada, para defender e difundir a liberdade dos filhos de Deus, para transmitir a beleza da novidade cristã, por vezes coberta pela ferrugem de uma linguagem arcaica ou simplesmen­te incompreen­sível”.

Referiu que os debates foram livres, mas, nalguns casos, com “métodos não inteiramen­te benévolos”.

Sublinhou que o desafio que a Igreja Católica tem pela frente “é sempre o mesmo: anunciar o Evangelho ao homem de hoje, defendendo a família de todos os ataques ideológico­s e individual­istas. E, sem nunca cair no perigo do relativism­o ou de demonizar os outros, procurámos abraçar plena e corajosame­nte a bondade e a misericórd­ia de Deus.”

Sínodo dos Bispos transmitiu grandeza e beleza da novidade cristã

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