Faltam 24 milhões para dar hospital a crianças do S. João
Porto Obras do Joãozinho arrancam amanhã, sete meses após a primeira pedra
A construção da nova ala pediátrica do Hospital de S. João arranca amanhã, sete meses depois do lançamento da primeira pedra. A primeira fase do projeto, que visa retirar de contentores o internamento de crianças, está prestes a estar pronta. Falta, contudo, financiar uma obra que vai custar 25 milhões de euros. Para já, a Associação Humanitária Um Lugar Pró Joãozinho dispõe apenas de um milhão de euros mas conta com a adesão de mais mecenas. “O mais difícil já foi conseguido: arrancar com a obra”, crê o presidente da associação, Pedro Arroja.
Amanhã, quando forem lançados os trabalhos no terreno, a associação humanitária vai assinar o contrato de empreitada com a Somague e a Lúcios e vai dar a primeira tranche de uma obra a pagar em 10 anos. Trata-se de um cheque de 600 mil euros. A 2 de janeiro, será emitido outro de 400 mil euros. Daí que, não se inicie apenas a obra. Arranca-se também com a segunda fase do projeto todo pago por mecenas: o financiamento. “O importante era arrancar com a obra. Acredito que vamos conseguir pagar rapidamente”, diz Pedro Arroja.
Será às 11 horas de amanhã que o sonho, com oito anos, vai começar a ganhar forma. Para assistir a tudo, foram convidadas personalidades como o economista Miguel Cadilhe e o presidente do F.C.Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.
Entusiasmo
“Depois de tantos falsos arranques, queremos que todos vejam pelos próprios olhos que é desta”, explica Pedro Arroja, satisfeito por ter sido ultrapassada a querela burocrática com o Hospital de S. João. Aliás, o administrador António Ferreira, vê com “um grande entusiasmo e esperança” o arranque da empreitada. “Tanto mais que se trata de uma obra financiada exclusivamente pelo esforço mecenático da associação Um Lugar pró Joãozinho”, destaca António Ferreira.
Na Pediatria, recebeu-se “a melhor notícia” dos últimos anos. “É uma obra estruturante e fundamental”, vinca o diretor Caldas Afonso, convicto de que o Joãozinho vai melhorar “a qualidade assistencional” e reforçar a “humanização” dos serviços.