Ideias criativas para shoppings às moscas
Aveiro Câmara pediu aos alunos da universidade para apresentarem soluções criativas para revitalizar os centros comerciais Oita, RiaPlano e do Bairro do Liceu
A Câmara de Aveiro pediu aos alunos da Universidade de Aveiro (UA) ideias para ajudar a revitalizar o Centro Comercial Oita, o RiaPlano e o do Bairro do Liceu, alguns dos centros comerciais mais antigos da cidade, que estão às moscas por falta de clientes e de lojistas que queiram lá investir. Em Aveiro existem 10 centros comerciais, mas apenas dois, o Fó- rum e o Glicínias, mostram grande pujança.
“A revitalização da cidade precisa de todos os atores e esperamos receber ideias que possam vir a ser úteis nesta tarefa de rejuvenescimento”, explica Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, uma das seis entidades públicas e privadas que aderiram ao “Learning to be” – um programa da Universidade de Aveiro que coloca os alunos de mestrado a desenvolverem competências de empreendedorismo em contexto de trabalho. Na prática, as empresas apresentam problemas reais e esperam que os alunos arranjem soluções até final do ano.
Trata-se de uma “estratégia inovadora” que, segundo Filipe Teles, pró-reitor da Universidade de Aveiro, irá reforçar laços entre os estudantes e o mundo do trabalho.
Muita imaginação
Mas não será fácil. O desafio lançado pela Câmara, a avaliar pela visita do JN aos centros comerciais, vai requerer muita imaginação (ver texto em baixo).
No entanto, se as soluções forem boas e os centros comerciais quiserem, podem vir a ser aplicadas no terreno. É que a Câmara Municipal espera concluir, até ao final deste ano, a negociação de fundos comunitários (Portugal 2020) para implementar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano.
“Os centros comerciais são propriedade privada que está na zona central da cidade. É preciso chamar a atenção da comunidade, muito em especial dos investidores privados, que vamos ter instrumentos financeiros para induzir revitalização. Haverá financiamento para a Câmara Municipal de Aveiro, mas também para os privados, que terão acesso a fundos reembolsáveis, com duração longa e custos baixos”, diz Ribau Esteves.
Uma “oportunidade” para a qual todos os contributos são bem-vindos, acrescenta o autarca.