Os novos meninos bonitos do Seixal
Benfica Clésio e Renato Sanches são as mais recentes estreias promovidas por Rui Vitória
Não tem sido uma travessia livre de turbulência a que Rui Vitória tem feito ao comando das águias, mas lá que o técnico tem cumprido a promessa que fez quando foi apresentado, é indiscutível. Na altura, garantiu que iria incluir mais jovens. Hoje, os números atestam que havia verdade naquela jura. Pela mão dele, Nélson Semedo, Victor Andrade, Nuno Santos, Clésio e Renato Sanches cumpriram o sonho de representar a equipa principal. E, no caso dos dois últimos, a estreia ainda está fresca. Muito fresca.
Clésio foi mesmo a principal surpresa do onze escalado por Vitória para defrontar o Tondela, anteontem. Natural de Moçambique, onde jogou até aos 18 anos, brilhava no Ferroviário de Maputo, quando, em 2012, convenceu os olheiros do Benfica, tendo assinado por seis épocas.
Quem com ele privou, gaba-lhe a rapidez e a técnica, que, garantem, o tornam letal no um contra um. Fora de campo é que é diferente: avesso a dar nas vistas, resguardase sob uma capa de humildade e timidez. De resto, no Seixal, fizeram-no menos ponta de lança (a posição original) e mais extremo direito, sem nunca se assumir como indis- cutível. O que não impediu Rui Vitória de lhe dar uma oportunidade. Como... lateral.
Mas voltemos ao Municipal de Aveiro. Aos 75 minutos, já Clésio tinha cedido ao esforço, a segunda estreia da noite: Renato Sanches, o jovem craque que tem feito furor na Youth League e que é uma das grandes apostas de Luís Filipe Vieira. Nascido e criado no bairro da Musgueira (Lisboa), bateu à porta de António Quadros, com apenas sete anos, para que este o deixasse treinar no Águias da Musgueira.
“Volta e meia queixava-se que os colegas não lhe passavam a bola e queria ir-se embora”, recorda o homem a quem Renato fez questão de ir dar um abraço depois da estreia, para fazer uma confissão: