GNR e Guardia Civil afinaram estratégias
A pequena localidade de Lobios, em Ourense, na Galiza, foi palco de uma reunião de comandos da Guardia Civil e da GNR, onde foi intensificada a cooperação transfronteiriça, em face do fenómeno terrorista islâmico que tem assolado a Europa.
“Abordámos a temática do terrorismo e, numa situação de eventuais ocorrências, quer em Portugal, quer em Espanha, nós estamos preparados”, disse o capitão Paulo Delgado, comandante da GNR de Chaves que chefiou a delegação portuguesa. “Mas é importante afinar dinâmicas, tendo sido intensificados os protocolos de cooperação e o controlo misto fronteiriço, apesar de não haver nenhum tipo de ameaça concreta ou quaisquer casos preocupantes no nosso país”.
O tenente José Luís Casas, comandante da Companhia da Guardia Civil de Celanova, em Ourense, na Galiza, confirmou ao JN a mesma perspetiva, afirmando estar “já a tomar medidas especiais em face dos últimos acontecimentos na Europa, tendo muita experiência no combate a esse tipo de fenómenos, embora não ao nível islâmico”. O terrorismo “não tem fronteiras”, diz, mas desdramatiza: “este tipo de reuniões ocorre desde que foram abolidas as fronteiras, em 1993”.
A área raiana, que coincide em grande parte com o Parque Nacional da Peneda-Gerês, é considerada “particularmente sensível” pela extensão de fronteira (mais de 100 km), mas todos os cidadãos ouvidos pelo JN revelam “confiança”, quer em Lobios quer na Vila do Gerês. Em Lobios, Manuel Perez, taxista, confirma que “já se veem mais patrulhas da GNR e da Guardia Civil”.