Doméstica ganha 100 mil euros na raspadinha
Guimarães Senhora de 55 anos foi convencida a jogar na tabacaria Graciete. Gastou cinco euros para ganhar o prémio. Vai cumprir o sonho de comprar casa
Há sortes que perseguem mesmo quando não se quer. Isabel Rocha, empregada doméstica de 55 anos de Guimarães, ganhou 100 mil euros na raspadinha de Natal por um acaso. No início da semana, tinha ido à tabacaria Graciete, foi convencida pela dona do estabelecimento a comprar uma raspadinha especial de Natal e levou-a para casa. Saíram-lhe 15 euros. Ontem de manhã, antes do trabalho, voltou para levantar dez euros e comprou outra. Tinha 100 mil euros de prémio.
Nem queria acreditar quando o filho de Graciete, também a trabalhar na tabacaria, lhe disse que ti- nha ganhado tanto dinheiro. “Primeiro comprei uma e saiu-me 15. Já estava contente por levantar dez euros, mas ao raspar a de hoje saiume 100 mil. São 100 mil euros, nem sei o que é isso”, conta a premiada.
Natural das Taipas, pensou logo em cumprir o sonho de uma vida: “Vou comprar uma casa”. Assume que, agora, vai continuar a jogar e a trabalhar. Algum também vai para ajudar os quatro filhos pois já está habituada a ter as contas certas.
Na emblemática tabacaria do centro de Guimarães já é habitual a correria aos jogos como raspadinha e euromilhões. Mas ontem, depois de se saber do prémio, não havia mãos a medir. Graciete Sá Costa servia os clientes com o sorriso de sempre, mas respondia orgulhosa aos comentários sobre o prémio, entregue de manhã e anunciado com um papel na porta.
“Eu vivo isto porque trabalho no ramo há 59 anos”, explica Graciete, que sempre que dá um prémio sente-se como se tivesse sido ela a recebê-lo. “Então se for uma pessoa que precisa comove-me mesmo. Hoje estava aqui e até comecei a chorar”, desabafa Graciete, enquanto o filho segura na fotocópia da raspadinha premiada.
Fernando Sá Costa lembra que este é o quarto grande montante que sai ali: “Já demos três vezes o primeiro prémio do Totoloto e todas as semanas damos prémios de 500 ou mil euros”. A correria continua. Ninguém sabe quando chega o próximo.