Porto Post Doc: Festival dura oito dias e vai exibir 66 filmes

As histórias do real e a linguagem cinematográfica voltam a fundir-se no Festival lnternacional de Cinema Porto/Post/Doc, que acontece de 1 a 8 de dezembro, no Teatro Rivoli da Invicta. À 2.ª edição, o certame encolhe dois dias, mas cresce em número de filmes e sessões diárias e elege um tema transversal, “Teenage”, “a época da instabilidade e das primeiras vezes”, a da adolescência. As palavras são de Dario Oliveira, diretor do Porto/Post/Doc, que ontem assumiu a “vontade de fazer o festival crescer naturalmente, primando pela informalidade” e pela “proximidade entre realizadores, produtores, críticos, académicos e público”, indo ao encontro do “Porto, cidade do cinema”. O festival tem o apoio da Câmara do Porto que aqui “tenta preencher uma lacuna na cidade”, disse o presidente Rui Moreira, refletindo sobre a falta de salas de cinema no município. Este ano, o festival do documentário contemporâneo recebeu 404 filmes a concurso (26 nacionalidades), o dobro da edição anterior, segundo Dario Oliveira. Doze estarão em competição, incluindo as produções lusas “Portugal – Um dia de cada vez”, de João Canijo e Anabela Moreira (na foto), e a “A toca do lobo”, de Catarina Mourão. O festival exibe 66 filmes (2/3 são estreias nacionais), em 11 secções, de manhã à noite. O programa distribui-se pela Baixa - Rivoli, Passos Manuel e Maus Hábitos. Os cineastas norte-americanos Thom Andersen e Lionel Rogosin e a belga Chantal Akerman (recentemente falecida), que transformaram o Documentário em distintas épocas, serão foco, com o primeiro a ter em antestreia duas obras recentes. Os documentários em língua portuguesa ganham uma secção, “Cinema Falado”, e o Fórum do Real refletirá sobre “Documentar o Imaginário”.