Radiografia de dois anos
A obra
A aquisição do antigo cinema, para casa de artes e espetáculo, aguarda visto do Tribunal de Contas (consta no orçamento de 2015). Há uma equipa a fazer levantamentos para a criação do museu da indústria e dos laticínios. Foi projetado o centro interpretativo da serra da Freita, na Casa Cota da Montanha, em Arões, “âncora para o desenvolvimento turístico do interior do concelho”, segundo José Pinheiro. Para além destes seus desígnios, à espera da contratualização de fundos comunitários, o autarca executou planos herdados (e alterados), como a casa de apoio à aldeia do Trebilhadouro e o Centro de Educação Ambiental.
A polémica
A auditoria às contas herdadas do anterior Executivo crispou o ambiente na Câmara. O ex-presidente e vereador do PSD José Bastos acusou o atual Executivo de “martelar números” e “inventar a dívida contingente”, alegando que esta só se confirma se os centristas deixarem. Do buraco de 11 milhões detetado, 5,6 milhões são dívida não concretizada relativa à deliberação de compra da quota de 51% do parceiro privado no parque de estacionamento da cidade. O negócio foi recusado pelo Tribunal de Contas, dada a falta de capacidade de endividamento do Município, mas está em Tribunal Arbitral, segundo José Pinheiro.
As promessas
Além de consolidar as contas, José Pinheiro comprometeu-se a dar notoriedade ao concelho e criou a marca Vale Mágico. Lançou eventos como o 24 Horas a Correr ou o Festival da Vitela, mas os grandes planos de desenvolvimento turístico, rural e urbano estão reféns dos fundos comunitários, tal como a ampliação das redes de água e saneamento. Das prioridades de investimento para os próximos anos, destacam-se a ligação pedonal e por ciclovia do Parque da Cidade à praia fluvial de Burgães, o circuito das aldeias e o percurso pela encosta ao longo do rio Caima e das levadas, da barragem Duarte Pacheco a S. Pedro de Castelões.