Viagem Medieval atrai multidões
Recriação do reinado de D. Dinis conta, nos primeiros dias, com mais visitantes do que em 2015
Com a chegada do fim de semana, regressam as enchentes e os visitantes de terras mais distantes organizam-se em grupos para uma jornada em cheio, onde o passado é feito presente e se vive o reinado de D. Dinis, em Santa Maria da Feira. Nos primeiros dias de atividade, a 20.ª Viagem Medieval já vendeu mais bilhetes diários do que em igual período do ano passado, assim como teve vendas recordes durante o período de pré-venda: mais 12,5% do que em 2015, segundo a organização. De noite ou de dia, são aos milhares as pessoas que invadem o Centro Histórico da Feira.
Só em venda antecipada, foram escoadas cerca de mais 5 mil pulseiras (dão acesso a todos os dias do evento e à porta custam agora mais 2 euros – 7 euros), num total de 45 mil, de acordo com o diretor do evento, Paulo Sérgio Pais, bastante satisfeito com o incremento.
Também os três primeiros dias da Viagem Medieval, que arrancou no passado dia 27, merecem o balanço positivo do responsável, com “mais bilhetes diários vendidos do que no ano passado”, para além dos fatores de pela primeira vez se ter cobrado entrada no dia da abertura da Viagem e das mexidas nos preços (variam entre 1,5 euros e os 4 euros, consoante o dia da semana).
Grande entusiasmo
“Estamos muito entusiasmados com estes primeiros dias. Tivemos uma pré-venda fenomenal e um bom fluxo de gente nos dias seguintes, além do ambiente fantástico que se sente”, refere Paulo Sérgio Pais.
A enchente da noite de anteontem reflete esses números e é transversal a diferentes tipos de público: do familiar ao notívago, mas essencialmente sempre em grupo. A família Sousa Barreto, de Aveiro, já é regular a cada edição da Viagem Medieval, em grupos de dez a treze elementos. Na passada sexta-feira, não foi diferente. “Viemos jantar e fomos vendo os vários espetáculos”, conta Patrícia Sousa. A filha Inês, com nove anos, já estudou todos os reis na escola e agora aproveitou para “conhecer melhor a história e a personalidade da rainha Isabel”.
Também há o visitante com postura oposta. André Santos, de 23 anos, assenta praça junto à taberna de conhecidos para “beber uma sangria”, mas só ao final da noite, “quando há menos gente”.
O fim de semana é também aproveitado pelos forasteiros de terras mais longínquas. “Tiramos o dia todo para estar cá. Há muito que ouvimos falar da Viagem Medieval e proporcionou-se vir com amigos”, diz Maria José Bandeirinha, de 52 anos, da Figueira da Foz, ontem à tarde na Viagem.