Jornal de Notícias

Twitter Marcelo lidera, Passos é o mais polémico e Costa ignorado

Redes sociais Marcelo lidera em número de reações no Twitter desde janeiro. Passos provocou pico de comentário­s quando disse que nunca inaugurou obras

- Nuno Miguel Ropio sociedade@jn.pt

Marcelo Rebelo de Sousa é o campeão das menções no Twitter desde o início do ano. Qualquer comentário ou movimento tem sido o suficiente para o colocar o chefe de Estado à frente de todos os atores políticos nacionais nos comentário­s naquela rede social. Já o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, apesar de ser o terceiro mais falado, pauta-se por provocar reações pontuais de grande fluxo, devido a discursos controvers­os.

De acordo com os dados do Popstar (Public Opinion and Sentiment Tracking, Analysis, and Re- search), um projeto de três instituiçõ­es universitá­rias do Minho, Porto e Lisboa, entre 1 de janeiro e 27 de julho, o presidente da República manteve-se como o mais ‘twittado’, atingindo um consideráv­el número de menções entre o debate com o candidato a Belém, Sampaio da Nóvoa, e a receção apoteótica no Porto, a 11 de março – dois dias depois da tomada de posse.

Todavia, os “sound bites” de Marcelo permitem-no continuar na crista da onda. O último “trending topic” (assunto do momento) de maior burburinho ocorreu após o aparecimen­to do presidente na zona de entrevista­s rápidas destinada aos jogadores da seleção na- cional, durante o Campeonato da Europa de futebol, em França. Antes do episódio, destaca-se o dia 9 de abril: fazia um mês de Marcelo em Belém e havia ecos do Conselho de Estado, onde esteve o governador do Banco Central Europeu.

Já o primeiro-ministro é o mais constante – o que diz ou faz não provoca reações em catadupa.

Quando chamou Passos de primeiro-ministro por engano, num debate quinzenal em janeiro, o Twitter reagiu de forma agitada. O Popstar, que permite medir a frequência com que líderes políticos aparecem nas redes sociais, mostra que Costa e Passos sofreram efeitos desse frenesim.

O anúncio da contrataçã­o pelo Estado do seu amigo Lacerda Machado, a 15 de abril, ou quando incentivou os portuguese­s a usarem transporte­s públicos e a deixarem de fumar, a 6 de fevereiro, fecham o top 10 de António Costa.

Quanto ao líder da Oposição, as reações surgem aos solavancos nesta rede social, que assinala agora os dez anos. Se o momento mais agitado surgiu após dizer que nunca inaugurou uma obra no seu mandato, a 7 de maio; da última vez o ex-primeiro-ministro nem precisou de abrir a boca. Foi na última quarta-feira, quando Bruxelas anunciou que não iria sancionar Portugal pelo défice excessivo.

Quase a chegar ao top 5 de Passos [ver dados em cima] esteve o volume de menções a 1 de abril, causado pelo momento em que o social-democrata parece ter atirado a toalha ao chão, no arranque do congresso do PSD. “Esta maioria [de Esquerda] tem-se revelado consistent­e”, disse, então, em Espinho.

Primeiro-ministro não gerou picos de grande discussão nos últimos sete meses

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