Jornal de Notícias

Na Ribeira não houve flutuação de preços

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Não mexemos nos preços na altura em que o IVA aumentou e agora também não os subimos” Diogo Magalhães Empresário, Porto

MERCEARIA É bem no coração do Centro Histórico do Porto, Património Mundial da Humanidade, que Carlos Magalhães tem um total de quatro restaurant­es. E em todos a vista não podia ser mais privilegia­da para aquele que é, indiscutiv­elmente, um dos postais turísticos mais famosos da cidade: o rio Douro.

Na Ribeira, a atmosfera influencia os preços nos restaurant­es Mercearia, Avó Maria, Fiume Douro e no da Ponte Pênsil (na muralha junto à Ponte Luís I)

“Estamos numa das zonas mais turísticas do Porto e, como é natural, os preços aqui acabam por ser mais elevados do que noutras zonas. O próprio público acaba por ser maioritari­amente os turistas, em qualquer altura do ano e apesar da sazonalida­de do setor”, explica Diogo Magalhães, filho de Carlos.

Numa altura em que o Porto é ponto de chegada de milhares de visitantes, a restauraçã­o da cidade tem procurado aproveitar a onda, esquecendo tempos menos agradáveis, em que a clientela escasseava.

Nos restaurant­es geridos pela família Magalhães, os preços mantiveram-se, apesar da descida do IVA na restauraçã­o. “Na altura em que o IVA aumentou, há quatro anos, também não subimos os preços. Sabíamos que já são altos e que para a grande maioria dos portuguese­s é muito difícil pagar. Por isso, optámos por mantê-los. Claro que as margens de lucro diminuíram, mas decidimos suportar as dificuldad­es”, esclarece Diogo Magalhães.

De igual modo, a descida do IVA para a restauraçã­o, há um mês, não levou o empresário a mudar os preços. “Há já algum tempo que estávamos a considerar rever os valores de forma a acompanhar a inflação de alguns produtos. Mas, com esta decisão, aproveitám­os a redução do IVA para não aumentar os preços, o que acabaria por acontecer. Optámos por mantê-los exatamente iguais”, salienta.

A manutenção dos preços cobrados fez com que nos espaços da família Magalhães não se tivesse sentido grande flutuação ao nível da afluência de clientes. Até porque muitos dos que procuram os restaurant­es são turistas e, por isso, as casas sempre foram bastante procuradas.

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Porto Diogo Magalhães, dono do restaurant­e Mercearia, reconhece que os preços são elevados na Ribeira
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