GNR punido por se vingar do ex-chefe
Um cabo da GNR foi condenado a cinco anos de prisão, com pena suspensa pelo mesmo período, por emitir falsas multas de trânsito ao seu antigo comandante e aos treinadores da equipa de futebol na qual o filho jogava. Segundo os juízes do Tribunal de Penafiel, que proibiram ainda o militar de exercer funções durante dois anos e quatro meses, Armindo Miranda delineou um plano para se vingar dos processos movidos pelo superior hierárquico e dos treinadores que não colocavam o descendente a jogar na equipa de futebol.
No acórdão, consultado pelo JN, os magistrados alegam que “Armindo Miranda agiu com grave violação dos deveres inerentes às suas funções” e motivado por “sentimentos mesquinhos e de vingança”. “Revela indignidade para o exercício do cargo de guarda”, concluem.
Este caso remonta ao ano de 2013, quando Alfredo Abílio Fernando, antigo comandante no posto da GNR de Penafiel, foi multado em 120 euros alegadamente por, ao volante da sua viatura, não dar prioridade a um peão que, garantia o auto de contraordenação, se preparava para atravessar a rua na passadeira.
Na mesma altura, os treinadores da equipa de sub-15 do F. C. Penafiel receberam em casa multas por estacionamento proibido e circulação sem cinto de segurança. O pai de um jogador que disputava o lu- gar na equipa inicial com o filho do militar também foi multado por conduzir enquanto falava ao telemóvel e desobedecer ao sinal de paragem. Porém, durante o julgamento que agora terminou, ficou provado que nenhum dos condutores multados usava o carro no dia e local indicado nos autos de contraordenação.
Ou seja, foi o guarda de 42 anos quem inventou as infrações rodoviárias e emitiu os respetivos autos com objetivo de vingança.
Este processo envolvia ainda um segundo arguido. Hugo Almeida era, à data dos acontecimentos, guarda provisório e colega de Armindo Miranda no posto da GNR do Marco de Canaveses. E também assinou os falsos autos de contraordenação. Mas os juízes acreditaram na versão que este apresentou no julgamento, na qual garantiu que apenas fez o que lhe foi ordenado pelos colegas mais velhos. Acabou absolvido. preparado ao pormenor, com um carro furtado em Vila Nova de Gaia precisamente para o efeito. Pouco passava das oito horas de 8 de fevereiro quando os ladrões saltaram a vedação da residência, situada entre o Campo Alegre e a Avenida da Boavista, onde surpreenderam os proprietários e um empregado. Sob a ameaça de armas, foram fechados num quarto. Abriram um cofre, levaram mil francos suíços, 700 dólares e cerca de 100 euros. O sequestro das três vítimas durou meia hora. Só que um vizinho detetou a intrusão e chamou a PSP.
Surpreendidos com a intervenção tão rápida, os três assaltantes ainda efetuaram alguns disparos. Fugiram a pé pelas traseiras da propriedade, levando aqueles valores em numerário que totalizaram cerca de dois mil euros. Naquele dia, agentes da Unidade Especial de Polícia andaram armados no encalço dos criminosos, mas sem sucesso. Escaparam por jardins e quintais.