Violino verde e branco cada vez mais afinado
Alvalade Sporting derrota Wolfsburgo (2-1) com uma exibição sólida no primeiro tempo. Slimani e Adrien apontaram os golos leoninos
O Sporting conquistou ontem, em casa, pela quinta vez seguida, o Troféu Cinco Violinos, que presta homenagem às velhas glórias. O leão bateu o Wolfsburgo (2-1), voltando às vitórias após quatro jogos sem ganhar.
Com o onze, em teoria, mais forte, Jorge Jesus, treinador sportinguista, enviava a mensagem de que este jogo, embora de preparação, tinha um caráter diferente. Era obrigatório vencer. A opção correu de feição, com Slimani titular pela primeira vez e com o regresso dos rotinados campeões europeus, Rui Patrício, William, Adrien Silva e João Mário, o leão toca o violino muito mais afinado.
Não criou, porém, grande perigo até ao primeiro golo, concretizado por Slimani. O avançado argelino não desperdiçou o brinde de Dante e atirou com o pé esquerdo para o fundo das redes germânicas. Pouco depois, Trasch cometia penálti sobre Bruno César e Adrien Silva fazia o segundo golo para tranquilizar as bancadas e a equipa.
O Wolfsburgo reagiu à grande penalidade consentida e nos últimos minutos do primeiro tempo deixou a baliza leonina em apuros. Primeiro Coates tirou o golo a Dost e, na jogada seguinte, Rui Patrício fez uma das várias defesas da noite.
Já o segundo tempo mal trouxe animação, por culpa das diversas alterações nas duas equipas. Ainda assim, foram os alemães a criar mais perigo. Valeu Rui Patrício, aos 69 e 71 minutos, evitando dois golos de Kruse. Mas aos 77 minutos, já foi incapaz de segurar a bola de Donkor, após uma bela arrancada de Azzaoui pelo corredor direito. Por outro lado, Matheus (85) e Aquilani (90+1) desperdiçaram as me- lhores oportunidades dos leões na segunda parte. A defesa continua a melhorar no onze mais forte de Jesus. Enquanto Schelotto, Coates, Semedo e Zeegelaar estiveram em campo, o setor este- ve irrepreensível. Slimani foi titular pela primeira vez na pré-época e marcou. Não desperdiçou o brinde de Dante e mostrou-se imune às conversas nos jornais entre o empresário e a SAD. Faltou criatividade ao ataque para conseguir furar a defesa do Wolfsburgo. Bryan Ruiz e Bruno César estão uns furos abaixo da nota artística. João Mário foi a grande exceção. Num jogo bem disputado, com algum vigor, lamenta-se o excesso de jogo físico que levou à quebra nos minutos finais. Faltas a mais prejudicaram o espetáculo.
Regresso dos campeões europeus melhora futebol leonino