ME diz que milhares serão vinculados
O ministro da Educação garantiu ontem que “milhares” de professores contratados vão entrar nos quadros no processo de vinculação extraordinário que está a ser negociado com os sindicatos. Tiago Brandão Rodrigues não avançou, no entanto, qualquer estimativa sobre o número de docentes elegíveis face à última proposta do Ministério.
“Informaremos os sindicatos”, defendeu aos jornalistas. Ontem, ao final do dia, essa informação ainda não tinha chegado à Fenprof, que enviou ao Ministério da Educação um ofício, propondo que os critérios (12 anos de serviço, cinco contratos nos últimos seis anos e horário completo e anual no atual ano letivo) possam servir para definir o número de vagas a concurso, mas que os lugares sejam preenchidos de acordo com a graduação profissional.
O problema, explicou ao JN Mário Nogueira, é que o ME na sextafeira abdicou de dois requisitos – 12 anos de profissionalização e os cinco contratos no mesmo grupo de recrutamento –, mas acrescentou como novo: o horário completo e anual este ano letivo. Ora, se as duas cedências tornaram a proposta “mais abrangente”, podendo o número de professores abrangidos rondar os sete a oito mil, “esta nova exigência é “uma autêntica lotaria”, que irá “gerar novas injustiças, resultantes de ultrapassagens de docentes mais graduados”. A Fenprof só decide quinta-feira se entra na negociação suplementar, que pode avançar a partir do dia seguinte.
No Facebook, foi criado o movimento “Vinculei durante 13 dias” (intervalo de tempo entre duas propostas do ME) que contesta o último critério.