Três GNR julgados por abuso de poder e corrupção
Dezoito arguidos acusados de corrupção, entre eles três militares da GNR – incluindo Jorge Ferrão, o tenente-coronel que desempenhava funções no Comando Territorial de Portalegre –, começaram a ser julgados ontem, em Portalegre.
Os militares são acusados pelo Ministério Público de Évora de crimes de corrupção passiva, crimes de recebimento indevido de vantagem, crime de abuso de poder, crime de prevaricação agravado e crime de participação económica em negócio, entre outros.
O número elevado de testemunhas, que ronda as duas centenas e inclui civis e militares, faz com que o julgamento decorra no Centro de Congressos da Câmara de Portalegre, onde o dia foi praticamente dedicado à leitura da acusação.
Apelidado de “Padrinho” no seio do grupo, Jorge Ferrão é acusado de liderar um esquema que inclui mais GNR e que, a troco de refeições, vinho, azeite, perfumes e favores sexuais, davam indicações a empresários da região sobre a localização de ações de fiscalização de transporte de mercadorias.
Os militares Jorge Ferrão, Joaquim Santos e Joaquim Camilo foram detidos a 19 de janeiro de 2016, bem como o empresário António Louro, e ainda se encontram em prisão preventiva. Já Luís Fernandes e Adriana Soares, empresários em Portalegre e Elvas, foram postos em liberdade.
Tenente-coronel, tido por “Padrinho” é um dos arguidos