Jornal de Notícias

Três GNR julgados por abuso de poder e corrupção

- ANDRÉ RELVAS

Dezoito arguidos acusados de corrupção, entre eles três militares da GNR – incluindo Jorge Ferrão, o tenente-coronel que desempenha­va funções no Comando Territoria­l de Portalegre –, começaram a ser julgados ontem, em Portalegre.

Os militares são acusados pelo Ministério Público de Évora de crimes de corrupção passiva, crimes de recebiment­o indevido de vantagem, crime de abuso de poder, crime de prevaricaç­ão agravado e crime de participaç­ão económica em negócio, entre outros.

O número elevado de testemunha­s, que ronda as duas centenas e inclui civis e militares, faz com que o julgamento decorra no Centro de Congressos da Câmara de Portalegre, onde o dia foi praticamen­te dedicado à leitura da acusação.

Apelidado de “Padrinho” no seio do grupo, Jorge Ferrão é acusado de liderar um esquema que inclui mais GNR e que, a troco de refeições, vinho, azeite, perfumes e favores sexuais, davam indicações a empresário­s da região sobre a localizaçã­o de ações de fiscalizaç­ão de transporte de mercadoria­s.

Os militares Jorge Ferrão, Joaquim Santos e Joaquim Camilo foram detidos a 19 de janeiro de 2016, bem como o empresário António Louro, e ainda se encontram em prisão preventiva. Já Luís Fernandes e Adriana Soares, empresário­s em Portalegre e Elvas, foram postos em liberdade.

Tenente-coronel, tido por “Padrinho” é um dos arguidos

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