Gastroenterite afastou alunos e assustou pais
Maia Surto numa escola do concelho e receio de contaminação levaram vários estudantes a faltar às aulas
Escola garantiu aos encarregados que tudo está a funcionar com normalidade
Um surto de gastroenterite na Escola Básica e Secundária Dr. Vieira de Carvalho, concelho da Maia, levou ontem vários alunos a faltar às aulas, uns por estarem doentes e outros por receio de contaminação com o vírus que motivou apelos da Associação de Pais e Encarregados de Educação.
Anteontem, a associação apelou via Facebook a todos os pais para que mantivessem os filhos em casa hoje e amanhã, “no mínimo, para evitar recaídas ou novos contágios”. E esclareceu, depois, que a escola funcionaria normalmente no início da semana, ressalvando que o apelo é para que só fiquem em casa “os alunos com os sintomas de gastroenterite”, de modo a evitar que contagiem os outros.
Apesar disso, houve pais que preferiram jogar pelo seguro e manter os filhos longe. Alguns ligaram para a escola ontem de manhã para saber se seria aconselhá- vel os filhos irem às aulas. Do outro lado da linha, reiterava-se que estava tudo a funcionar normalmente, também na sequência da visita do delegado de saúde.
Foi para a Urgência anteontem
Helena Lopes não teve alternativa. A filha Maria Antónia, do sétimo ano, foi anteontem de urgência para o hospital com sintomas de gastroenterite. E ontem teve de ficar em casa. A mãe deslocou-se à escola para pedir informações sobre o surto e saber se o estabelecimento ia fechar, perante os apelos publicados nas redes. A resposta foi a mesma: a escola funciona normalmente. Porém, a Direção não quis comentar o assunto ao JN.
“Os alunos estão a faltar bastante em todas as turmas”, contou a professora Helena Gorgal. Numa das suas turmas, “faltaram onze”. A docente Ana Paula Reis confirmou que os alunos estavam ontem de manhã a faltar. Já Nuno Pais foi buscar o filho para almoçar. Depois de, na semana passada, ter estado só um dia doente em casa com aqueles sintomas, não temeu deixá-lo ir às aulas. “Não fiquei muito alarmado”, admite. Também Jorge Marques deixou o filho na escola, apesar de uma dor de barriga que passou com medicação. Só anteontem soube do alerta “pela Comunicação Social”.