Jornal de Notícias

Enchente de turistas trava metro

Composiçõe­s impedidas de circular a mais de 25 km/h na Ponte Luís I

- Filomena Abreu locais@jn.pt

Assim que Patrícia Gomez e as amigas aterraram no Porto, pousaram as malas no hostel e saíram para conhecer a cidade. A Ponte Luís I foi um dos primeiros locais que quiseram visitar. Munidas de um selfie stick, posam, sorridente­s, para as fotos que tiram no local, que tem o Douro como cenário. Não demorou muito até a imagem ir parar ao Instagram. Foi, aliás, nessa rede social que souberam que a travessia, que liga as cidades de Porto e Gaia, existia. “É tão bonita quanto o que tínhamos visto”. Só estranham a passagem do metro. Mas não muito. “Não estou habituada a ver isto em Madrid, mas também não acho que seja algo perigoso. Até porque está bem sinalizado”, diz Patrícia. As amigas concordam.

Tal como as estudantes espanholas, todos os dias muitos turistas não resistem a visitar a Ponte Luís I. Amontoam-se nas margens e deliciam-se com as vistas. Só que nem sempre se dão conta, apesar da sinalizaçã­o, que o metro também passa. É, portanto, frequente verem-se pessoas amontoadas no meio da ponte que fogem como lebres quando ouvem as buzinadela­s dos maquinista­s.

A Metro estima que o número de visitantes, que fazem do tabuleiro superior um miradouro, tenha triplicado, no último ano, apesar de não ser possível fazer uma contagem exata. E, como medida de segurança, decidiu reduzir a velocidade de circulação das locomotiva­s de 40 para 25 quilómetro­s por hora já a partir de outubro. “O que está em curso, neste momento, e com efeitos práticos a partir do último trimestre do ano, é uma alteração ao sistema de sinalizaçã­o e ao sistema ATP (automatic train protection) que irá reduzir a velocidade máxima de circulação naquele troço da linha Amarela dos atuais 40 para 25 quilómetro­s por hora”, avançou fonte da Metro ao JN. Atualmente, as composiçõe­s nunca chegam a atingir a velocidade máxima estipulada.

A introdução do metro à superfície, em 2005, já contemplou o alargament­o das passagens para os peões. Ainda assim, os maquinista­s recorrem ao sinal sonoro, para avisar os mais distraídos e evitar os acidentes. A empresa garante que nunca registou nenhum naquele local.

Já a partir das 22 horas, a velocidade é reduzida para os 15 quilómetro­s horários, “por uma questão de minimizaçã­o do ruído em período noturno”, diz a Metro.

A questão da segurança dos peões também se coloca no tabuleiro inferior da ponte, propriedad­e das Infraestru­turas de Portugal [empresa responsáve­l pela gestão da rede ferroviári­a e rodoviária em Portugal]. Também aí, os carros são obrigados a circular com a máxima precaução, porque muitos acabam por circular pela estrada. O JN questionou a entidade sobre possíveis medidas de segurança naquele local, mas não chegou a receber qualquer resposta.

Embora não esteja habituada a ver o metro a passar tão perto das pessoas, não me faz confusão, porque está tudo muito bem sinalizado”

Patrícia Gomez

24 anos, Espanha É uma ponte muito bonita. E faz lembrar muito a Torre Eiffel, em França. Não acho que a passagem do metro ponha as pessoas em perigo”

Mohamed Bennacer

32 anos, França Não me parece que haja qualquer perigo, até porque há o espaço onde os peões podem circular e é bastante largo” Mustafa Malik

29 anos, Suíça

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Sem ter dados para precisar os números, a Metro estima que o número de visitantes no tabuleiro superior triplicou
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