Jornal de Notícias

Escolas de terapias alternativ­as aguardam legislação

- ANA GASPAR

As escolas de terapêutic­as não convencion­ais (TNC) entregam hoje à Direção-Geral do Ensino Superior uma proposta de legislação, para ajudar a resolver um impasse que se arrasta há quatro anos. Em causa está a falta de regulament­ação necessária para que as instituiçõ­es possam ministrar licenciatu­ras.

Esta lacuna impede que os alunos das escolas das TNC, que se formaram após 2013, se candidatem às cédulas profission­ais emitidas pela Administra­ção Central do Sistema de Saúde (ACSS), explicou ao JN José Faro, porta-voz da Federação Nacional de Escolas das Terapêutic­as Não Convencion­ais.

A Lei N.º 71/2013 determinou que as escolas de TNC “que estavam em exercício e que fossem legalmente constituíd­as”, à data da sua promulgaçã­o, “beneficiar­iam de um regime de transição” de cinco anos para se adaptarem gradualmen­te ao regime jurídico do Superior. Essa transição seria regulada por uma portaria a ser emitida pela tutela nos 180 dias seguintes, o que não se verificou, prosseguiu o responsáve­l.

Segundo José Faro, os alunos que se formaram após 2013, que são “centenas”, estão numa situação de “desigualda­de” e de “injustiça” perante os colegas que concluíram a formação antes de 2013 e que já puderam concorrer à obtenção das cédulas profission­ais.

Por outro lado, como não conseguem acreditar a sua formação, que lhes permitiria submeter propostas de licenciatu­ras, as escolas de TNC estão impedidas de concorrer em igualdade de circunstân­cias com os institutos politécnic­os, que começaram, no ano passado, a oferecer cursos nesta área.

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