Jornal de Notícias

“O atual presidente não tem uma obra emblemátic­a”

Viseu Lúcia Silva lidera, pela primeira vez, a lista do Partido Socialista à Câmara Municipal. Admite que o desafio é difícil, mas diz estar pronta para a luta

- Sandra Ferreira locais@jn.pt

Lúcia Silva, 53 anos, professora de Português, é presidente do Movimento Federativo das Mulheres Socialista­s de Viseu. Militante desde 1996, é natural de Tabuaço, mas reside em Viseu há mais de 30 anos. Foi presidente da Concelhia do PS Viseu entre 2010 e 2013. Em 2009, encabeçou a lista à Junta de Coração de Jesus (atual União de Freguesias de Viseu). Desde fevereiro, assumiu o lugar de deputada na Assembleia da República. Foi uma decisão difícil candidatar-se à Câmara de Viseu? Não, mas foi com responsabi­lidade política. Ao longo do tempo, fui percebendo que havia um vazio para o candidato à Câmara de Viseu. Como fui presidente da Concelhia do PS, fui sentido o desafio. Ao mesmo tempo, surgiu a possi- bilidade de assumir funções como deputada na Assembleia da República, o que aconteceu em fevereiro, e, perante esse cenário disse que assumiria os dois lugares. Sente que tem condições para subir o resultado do PS em 2013 de 26,84%? Nós temos consciênci­a de que a luta é difícil, não temos as mesmas armas, mas não vamos desistir. O atual presidente da Câmara não tem feito um trabalho para continuar, não tem uma obra emblemátic­a. São obras que vieram do mandato de Fernando Ruas, mas que tem reportado a si. O eleitorado pode dar oportunida­de ao PS, até porque as pessoas têm de per- ceber que as maiorias são terríveis porque depois é o quero, posso e mando. Eu tenho motivação, serenidade e vontade de trabalhar e vou lutar para ser eleita presidente da Câmara. O que mudaria de imediato, se fosse eleita presidente? Mudaria a questão da rentabiliz­ação dos recursos da Câmara, que tem gasto parte do orçamento em propaganda e marketing. É preciso olhar para o pessoal e redistribu­í-lo, nomeadamen­te pelas Juntas de Freguesia e na área social. A Câmara retém 4% do IRS e nós passaríamo­s a redistribu­ir 2,5% às famílias carenciada­s. As questões culturais têm de ser uma aposta, mas com uma abrangênci­a regional. Temos de acabar com a política do quintalzin­ho e cultivar as boas relações com os municípios vizinhos. Lutaria por uma solução para o Itinerário Principal 3 e uma plataforma logística. O facto de ser mulher poderá ainda ser uma desvantage­m? Acho que não. Hoje em dia, até acho que as pessoas valorizam as mulheres na política. Temos as nossas especifici­dades, fazemos muitas coisas ao mesmo tempo.

As pessoas têm de perceber que as maiorias são terríveis, porque depois é o quero, posso e mando”

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Consciente de que não irá “lutar com as mesmas armas” Lúcia Silva diz-se pronta e que não vai desistir
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