2,2 milhões para restaurar o Bom Jesus
O santuário do Bom Jesus, em Braga, vai avançar, este mês, para novas obras de restauro, que irão garantir a quase total recuperação daquele património incluído na lista nacional de bens que vão ser propostos à UNESCO. Os trabalhos, financiados em cerca de 2,2 milhões por fundos comunitários, têm duração prevista de dois anos.
As obras envolvem o restauro e conservação do interior da basílica e do escadório poente, com seis capelas e dois coretos, e incluem a poda, limpeza e replantação de árvores ao longo do escadório. Contemplam, também, a criação de um centro de acolhimento e de memória, onde será dado a conhecer aos visitantes a memória do espaço. Por fazer ficará “uma intervenção no elevador e na zona da esplanada”, afirmou o mesário da Confraria do Bom Jesus, Varico Pereira, em conferência de imprensa, onde esteve presente o arcebispo D. Jorge Ortiga, que ressalvou, ainda, a necessidade de uma intervenção na estrada que faz ligação à instância.
Os responsáveis garantiram que as obras não vão impedir visitas ao local. A basílica estará sempre aberta e, no período de mais trabalho, as missas e celebrações realizar-se-ão na capela do Bom Jesus. O escadório também, não será encerrado.
A intervenção, que agora vai começar, dá continuidade ao anterior programa de requalificação, que se iniciou em 2014 e incidiu sobre dez capelas, o escadório dos cinco sentidos e a estatuária. A ambição da confraria é que, com o Bom Jesus totalmente restaurado, o número de visitantes aumente 20%, sendo que no ano passado recebeu 1,3 milhões de pessoas. Há, ainda, a perspetiva de que chegue a monumento nacional este ano.