Cereja como motor do empreendedorismo
3Em Resende, o empreendedorismo irá ser alvo de um estímulo importante com a concretização de uma nova área empresarial. “Está disponível mais de uma dúzia de lotes, já vendida, que dará a oportunidade para que as pessoas possam aplicar a sua capacidade empreendedora. E a Câmara fará uma ação direta para promover o balcão do empreendedor”, refere Manuel Garcez Trindade.
Este autarca tem a esperança que esta medida, aliada às campanhas de promoção do empreendedorismo levadas a cabo pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, possa alavancar um concelho com pouca tradição neste campo. “Somos um concelho eminentemente agrícola e seria neste setor que poderia existir maior empreendedorismo”, defende. Aliás, Garcez Trindade sustenta que “o ouro de Resende é a cereja” e é neste produto que tem de assentar a maioria dos projetos empreendedores, como aquele que está a ser implementado pela Câmara em colaboração com vários parceiros. “Iniciámos já o ordenamento do cultivo da cereja e estamos a realizar duas candidaturas cruciais. Uma no âmbito da produção e outra no âmbito da comercialização. São candidaturas que têm como intenção primária a elaboração de um manual de boas práticas do cultivo da cereja e o apoio ao escoamento do produto”, explica. Mas o presidente da Autarquia quer mais e exige uma maior celeridade na distribuição dos fundos comunitários no âmbito do Portugal 2020. Só com a chegada do dinheiro da Europa à economia real, sustenta, é possível atenuar as assimetrias de “uma região que ainda anda a duas velocidades”. “Não recebemos nenhum apoio de fundos comunitários em tempo útil durante este mandato. Temos várias candidaturas submetidas e não há nenhuma resposta”, critica.
Garcez Trindade pede ainda “solidariedade, lealdade e fidelidade” dos restantes municípios para que o empreendedorismo seja, de facto, uma realidade em territórios de baixa densidade como Resende e em setores como a inovação social, uma das categorias a distinguir na segunda edição do Prémio Tâmega e Sousa Empreendedor. “Os fundos comunitários serão fundamentais para desenvolver a economia social. Ainda há pessoas que vivem muito mal e não podemos permitir isso de maneira nenhuma”, alega o edil que, apesar das diferentes dinâmicas municipais, está convicto que o Tâmega e Sousa “é hoje uma reunião mais empreendedora” do que no passado recente.
“Os fundos comunitários serão fundamentais para desenvolver a economia social. Ainda há pessoas que vivem muito mal e não podemos permitir isso de maneira nenhuma”