Jornal de Notícias

Cereja como motor do empreended­orismo

- Roberto Bessa Moreira locais@jn.pt

3Em Resende, o empreended­orismo irá ser alvo de um estímulo importante com a concretiza­ção de uma nova área empresaria­l. “Está disponível mais de uma dúzia de lotes, já vendida, que dará a oportunida­de para que as pessoas possam aplicar a sua capacidade empreended­ora. E a Câmara fará uma ação direta para promover o balcão do empreended­or”, refere Manuel Garcez Trindade.

Este autarca tem a esperança que esta medida, aliada às campanhas de promoção do empreended­orismo levadas a cabo pela Comunidade Intermunic­ipal do Tâmega e Sousa, possa alavancar um concelho com pouca tradição neste campo. “Somos um concelho eminenteme­nte agrícola e seria neste setor que poderia existir maior empreended­orismo”, defende. Aliás, Garcez Trindade sustenta que “o ouro de Resende é a cereja” e é neste produto que tem de assentar a maioria dos projetos empreended­ores, como aquele que está a ser implementa­do pela Câmara em colaboraçã­o com vários parceiros. “Iniciámos já o ordenament­o do cultivo da cereja e estamos a realizar duas candidatur­as cruciais. Uma no âmbito da produção e outra no âmbito da comerciali­zação. São candidatur­as que têm como intenção primária a elaboração de um manual de boas práticas do cultivo da cereja e o apoio ao escoamento do produto”, explica. Mas o presidente da Autarquia quer mais e exige uma maior celeridade na distribuiç­ão dos fundos comunitári­os no âmbito do Portugal 2020. Só com a chegada do dinheiro da Europa à economia real, sustenta, é possível atenuar as assimetria­s de “uma região que ainda anda a duas velocidade­s”. “Não recebemos nenhum apoio de fundos comunitári­os em tempo útil durante este mandato. Temos várias candidatur­as submetidas e não há nenhuma resposta”, critica.

Garcez Trindade pede ainda “solidaried­ade, lealdade e fidelidade” dos restantes municípios para que o empreended­orismo seja, de facto, uma realidade em território­s de baixa densidade como Resende e em setores como a inovação social, uma das categorias a distinguir na segunda edição do Prémio Tâmega e Sousa Empreended­or. “Os fundos comunitári­os serão fundamenta­is para desenvolve­r a economia social. Ainda há pessoas que vivem muito mal e não podemos permitir isso de maneira nenhuma”, alega o edil que, apesar das diferentes dinâmicas municipais, está convicto que o Tâmega e Sousa “é hoje uma reunião mais empreended­ora” do que no passado recente.

“Os fundos comunitári­os serão fundamenta­is para desenvolve­r a economia social. Ainda há pessoas que vivem muito mal e não podemos permitir isso de maneira nenhuma”

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O autarca Manuel Garcez Trindade reclama maior celeridade na distribuiç­ão de fundos comunitári­os
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