Envio de bombardeiros dos EUA é “provocação”
A imprensa oficial norte-coreana classificou, ontem, de “provocação” o envio de dois bombardeiros norte-americanos para a península coreana para fazer exercícios e advertiu que estas manobras “podem causar uma guerra nuclear”.
Pyongyang reagiu assim ao envio, anteontem, de dois bombardeiros estratégicos B-1B dos Estados Unidos, os quais levaram a cabo simulacros de ataques de precisão no território sul-coreano em conjunto com caças deste país, como sinal de advertência ao regime norte-coreano pelo seu teste com um míssil balístico intercontinental.
“Os Estados Unidos afirmam que vão enviar de forma regular bombardeiros estratégicos para a península da Coreia, um ato tão disparatado como voltar a atear fogo em cima de um depósito de munições”, escreveu o “Rodong Sinmun”, o principal jornal nortecoreano.
“Um simples erro ou mal entendido pode conduzir à eclosão de uma guerra nuclear e, por sua vez, isto levaria, sem dúvida, a uma nova Guerra Mundial”, acrescentou o diário oficial do Partido dos Trabalhadores.
O artigo também justifica como “legítimas medidas de defesa” os testes de armamento norte-coreano, perante as “crescentes ameaças de guerra nuclear” contra Pyongyang por parte de Washington.
Manobras são “resposta” As manobras aéreas realizadas por Washington e Seul constituem “uma firme resposta à série de lançamentos de mísseis balísticos por parte da Coreia do Norte”, disse um porta-voz das forças sul-coreanas.
A Coreia do Norte lançou, na passada terça-feira, o seu primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM). Designado “Hwasong14”, o míssil alcançou uma altitude máxima de 2.802 quilómetros e percorreu 933 quilómetros em 39 minutos.