Jornal de Notícias

Plano para acolhiment­o familiar está na reta final

Governo ultima pacote legislativ­o para criar “rede sólida” no país

- CARLA SOFIA LUZ

O Governo está a ultimar o pacote legislativ­o que permitirá lançar um plano nacional de acolhiment­o familiar e criar uma “rede sólida” de candidatos disponívei­s para abrir as portas de casa a crianças à guarda do Estado. O presidente do Instituto da Segurança Social, Rui Fiolhais, garante que haverá um novo “enquadrame­nto fiscal e laboral “para os acolhedore­s, que “promoverá a dignidade social” desta função.

A novidade foi avançada durante a conferênci­a sobre os direitos da criança e as famílias de acolhiment­o, promovida na semana passada pela comissão parlamenta­r de Trabalho e Segurança Social. Rui Fiolhais recordou a reforma legislativ­a de 2015, na qual ficou definido que seria privilegia­do o acolhiment­o familiar de crianças até aos seis anos, em detrimento da institucio­nalização. Só que a diretiva nunca foi posta em prática.

“É difícil passar da componente legislativ­a à prática. Esse desejo foi desacompan­hado de meios capazes. A Segurança Social perdeu 700 efetivos, a maior parte na área da infância”, justificou Rui Fiolhais, convencido de que o pacote legislativ­o do Governo, que “está na reta final”, irá trazer a mudança do paradigma no acolhiment­o temporário de crianças e de jovens.

O pacote legislativ­o incluirá uma nova regulament­ação para o acolhiment­o familiar, um enquadrame­nto fiscal e laboral que conceda direitos ao acolhedor para poder acompanhar melhor o menor e a revisão da compensaçã­o financeira atribuída às famílias. A ambição é de que estas ferramenta­s alicercem um plano nacional de acolhiment­o familiar, que incluirá uma campanha de angariação de famílias para essa função.

SEGURANÇA SOCIAL

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