Jerónimo acusa Marcelo de “pressões inaceitáveis”
Em causa também apelos de Costa sobre OE 2019
O secretário-geral do PCP advertiu ontem que os comunistas decidirão com independência e autonomia o voto sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE), recusando “pressões inaceitáveis” por parte do primeiro-ministro e do presidente da República.
Em conferência de imprensa para apresentar as conclusões da reunião do Comité Central do PCP, Jerónimo de Sousa frisou que o partido “mantém a sua autonomia e a sua independência de avaliação” face a uma proposta que, sublinhou, ainda não é conhecida.
O líder do PCP considerou que as “declarações convergentes do presidente da República e do primeiro-ministro” sobre o OE 2019 e sobre o prazo da legislatura “visam desviar da avaliação concreta” do documento e “reduzir as opções da política do governo ao texto orçamental”.
“Ou seja, na opinião do presidente da República e do primeiro-ministro, não interessa o que a proposta de Orçamento diz. Interessa é ser votado ou não. Ora, nós pensamos que isto é uma pressão inaceitável e uma visão muito restritiva em relação à importância que assume a lei de Orçamento do Estado para 2019”, criticou.
Jerónimo apontou “contradições” ao Governo PS, das quais disse “sobressair” uma “crescente convergência com o PSD e o CDS e um “realinhamento da nova direção do PSD com o PS”, que disse serem “patrocinadas pelo presidente da República”.
OE 2019