Tiago Ferreira
Era ele um miúdo de dez anos quando se apercebeu da grandiosidade do órgão de tubos da igreja da Lapa. “Eu quero tocar aqui”, pensou, com a mesma convicção de quem já é adulto, pois “foi a partir daí que virou tudo”. Corria o ano de 1995 e Tiago Ferreira decidia assim uma boa parte do seu futuro. Em 2002, tocava pela primeira vez naquele instrumento que tanto o fascinara e lhe dera a sensação de estar perante “um monumento”.
Desde essa altura que é organista na Lapa. Mas antes de estudar órgão, já tinha aprendido canto, flauta e, obrigatoriamente, piano. Mais tarde, os estudos superiores: licenciou-se em música sacra pela Universidade Católica, no Porto, e fez dois mestrados seguidos em Colónia, Alemanha, um em órgão e performance e o outro em música sacra católica. Foi entre esses dois graus académicos que obteve formação em direção de orquestra e direção de coro. Idade: Concelho: Profissão:
Em setembro de 2015, tornou-se o mais jovem maestro titular do Coro da Sé Catedral do Porto, formação que atualmente tem perto de 60 elementos no ativo. E ainda dá aulas. Por isso, não é de estranhar que a música, que despertou a sua curiosidade aos quatro ou cinco anos, lhe ocupe 100% do tempo. Só há uma área que ainda não começou a explorar, que é a composição. “É um assunto que, para já, está a ser meditado”, diz.
Cumpre religiosamente os compromissos. É o sentido de responsabilidade, mas outro motivo contribui para uma disciplina de ferro: “Não me canso da música”. Nem mesmo quando há temporadas que exigem “maior concentração e mais trabalho”.
Os compositores de eleição são os “quatro bês”: Bach, Beethoven, Brahms e Bruckner. Fora dos clássicos, as preferências andam entre os Queen e os Muse. Tiago é também grande apreciador de música celta.