Dúvidas dos utentes no início do novo IP3
Concurso da empreitada de reabilitação da via Coimbra-Viseu é lançado hoje mas há desconfiança quanto a prazos
O Governo lança hoje o concurso para a primeira empreitada da reabilitação do IP3, estrada que liga Coimbra a Viseu, prevendo que a via esteja totalmente requalificada até 2022, o que na prática significa que 85% da estrada de 75 quilómetros será duplicada. O movimento de utentes da estrada está satisfeito com o início dos trabalhos, mas tem reticências quanto aos prazos. Na sessão de hoje, serão lançados os concursos para a reabilitação do primeiro troço, que liga o nó de Penacova à ponte do Rio Dão, em Mortágua. O custo estimado para esta empreitada é de 15 milhões de euros. Serão também lançados os concursos para o Projeto de Execução para Duplicação da estrada.
CENTRO
OBRA DO MANDATO
A reabilitação do IP3 é, há mais de duas décadas, uma reivindicação dos autarcas por onde a estrada passa, bem como dos utentes. Ao JN, Álvaro Miranda, da Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3, mostra-se satisfeito com o lançamento dos concursos, mas admi- te alguma cautela. “É um momento que só peca por tardio. No entanto, vamos estar atentos aos prazos que forem dados, bem como ao projeto em si”, adianta, lamentando que a obra de duplicação da estrada cubra 85% e não a totalidade da via. “Há 15% da estrada que ainda não será duplicada, entre a Livraria do Mondego e a Foz do Dão. Havendo boa vontade e investimento para o fazer, será possível que a duplicação chegue a todo o IP3, até porque naquela zona vai continuar a haver estrangulamentos”, entende Álvaro Miranda.
85% DA VIA DUPLICADA