Quando uma prenda desmotiva
encetaram políticas de habitação social, mas não mantendo as pessoas nas zonas históricas, antes deslocando-as para bairros sociais, situados nas periferias: Cerco, Pasteleira, Lagarteiro, São João de Deus, etc., atingindo quase quarenta bairros. Foram milhares de famílias deslocadas. Depois, a pouco e pouco, negócios que se conservaram ao nível do rés do chão dos prédios desabitados foram desaparecendo devido à pressão turística, que tudo transforma em novas realidades de negócio.
Só que, aqui surge outro senão: a cidade está perder a identidade que lhe davam as suas gentes. Onde ouvir o calão e a linguagem franca das gentes do Porto e apreciar os seus costumes? Claro que para uma boa fotografia, a paisagem e até as fachadas recuperadas são ótimas. Mas...
Espero que o Porto e a Câ- mara encontrem pontos de equilíbrio entre quem queira viver na cidade e quem por ela só queira passar. No meio é que está virtude. O Porto tem um presidente que é portuense. Espera-se que Moreira defenda a sua gente, carago! Os professores portugueses estão entre os que mais salário perderam entre 2005 e 2015, dentro dos países da OCDE. Por outro lado, o desempenho dos alunos portugueses foi dos que mais melhoraram.
Não contabilizar aos docentes nove anos, quatro meses e dois dias será uma espécie de prenda, para que se sintam desmotivados?