Muralha russa trava Espanha apática
“La Roja” cumpriu a tradição de perder sempre que joga com o anfitrião da competição. Akinfeev foi o herói
“Adiós, hermanos”. Contra todas as expectativas, a anfitriã Rússia eliminou a Espanha, no desempate por penáltis, e reservou lugar nos quartos de final do Mundial.
Fernando Hierro optou por dar a titularidade a Nacho e Asensio, deixando Carvajal e Iniesta no banco. Alterações que até funcionaram inicialmente. Logo aos 12 minutos, fruto de uma infelicidade de Ignashevic, que se tornou o jogador mais velho a marcar um autogolo num Mundial, a Espanha adiantou-se. Foi o décimo autogolo na prova, um recorde. Mas o tento não mudou estilos. “La Roja” continuou com bola, a tentar criar espaços, enquanto a Rússia mantinha a muralha bem organizada. Aos 40 minutos, quando já se pensava no intervalo, a sorte bafejou os anfitriões. Num canto, Piqué deixou o braço onde não devia e cometeu grande penalidade. Na conversão do castigo máximo, o gigante Dyzuba não perdoou. Terceiro golo do avançado russo no torneio. Após um segundo tempo com poucos lances de perigo, os dois técnicos aproveitaram para fazer história em jogos de seleções com uma quarta substituição no prolongamento, mas a decisão foi para as grandes penalidades. Aí, os russos foram 100% eficazes e Akinfeev defendeu os remates de Koke e de Aspas. Como no Mundial de 2002, a Espanha voltou a cair nos penáltis frente à seleção anfitriã.