Governo quer salvar vidas com IP3 inteligente
Ministro do Planeamento anuncia 690 milhões para Linha da Beira Alta e da Beira Baixa e ainda concurso do Sistema de Mobilidade do Mondego
O primeiro-ministro, António Costa, destacou ontem a importância da requalificação do IP3, entre o nó de Penacova e o nó da Lagoa Azul (ponte sobre o Rio Dão), e da duplicação do IP 3, entre Souselas e Viseu, para reduzir a sinistralidade, promover a coesão e a competitividade da Região Centro.
No nó da Raiva, em Penacova, durante a cerimónia de lançamento dos concursos, António Costa afirmou que o projeto “é mais do que uma obra para reduzir o tempo de deslocação entre Coimbra e Viseu”, mas uma obra “fundamental para salvar vidas”.
Para o primeiro-ministro, “é uma ação para reforçar a coesão interna e melhorar a competitividade externa da Região Centro”, mas não chega. É também preciso um conjunto de medidas: “Atrair e fixar pessoas, criar emprego, cativar investimento em- presarial e ter condições para que as empresas se instalem”. A primeira infraestrutura inteligente do país vai também “dar condições para as empresas se internacionalizarem”.
PROJETO “BEM ACOLHIDO”
O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, adiantou que o projeto “foi bem acolhido pela região” e que o investimento público de 134 milhões de euros vai permitir que “quase a totalidade do percurso fique duplicada e o restante num sistema de 2x1” contribuindo para “a melhoria das condições de circulação e de rapidez, com a ausência de portagem”. Para o ministro esta solução “dissipa o problema que a construção de uma autoestrada não resolvia”.
Pedro Marques anunciou ainda que o Estado está a fazer um investimento de 600 milhões de euros em obras de mobilidade na Região Centro, nomeadamente na Linha da Beira Baixa e da Beira Alta. Para o início de 2019, o ministro anunciou o lançamento do concurso de obra do Sistema de Mobilidade do Mondego, com um investimento de 90 milhões de euros.
A apresentação dos concursos de requalificação e duplicação esteve a cargo do presidente da Infraestruturas de Portugal, António Laranjo. A primeira fase da requalificação do IP3 vai decorrer entre 2019 e 2020, enquanto a segunda fase de duplicação e requalificação das vias – entre o nó de Souselas e o de Viseu – está prevista começar no final do ano 2020, com o seu término em 2022.