Níveis de retenções nas escolas foram os mais baixos desde 2001

No Ensino Superior, cursos de Educação foram os que mais alunos perderam

ESTATÍSTICA As retenções do 1. º Ciclo ao Secundário continuam a cair e foram no ano passado as mais baixas desde 2001, revela o relatório anual “Estatísticas da Educação”, publicado pela Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC). Ao nível do Ensino Superior, os cursos de Educação foram os que registaram maior decréscimo em termos de alunos inscritos, tanto no público como no privado.

Ano a ano, nunca se chumbou tão pouco. A única exceção é o 2.º ano que, apesar de registar uma quebra – a taxa de 7,4% é metade da verificada em 2001 (14,8%) –, não supera os 6,5% atingidos em 2011. Os chumbos no 2.º ano são, aliás, dos mais elevados durante os nove anos do Ensino Básico, sendo a taxa só superada pela do 7.º ano (11,4%).

Do 1.º ao 12.º anos, só o 11.º manteve os 7,1% de retenções já atingido em 2016. De resto, em todos os outros anos registaram-se decréscimos nos níveis de insucesso.

O Ministério da Educação (ME) atribui ao Programa de Promoção do Sucesso Escolar (lançado em 2016) e aos reforços do apoio tutorial específico e da Ação Social Escolar as melhorias. Num comunicado enviado às redações, o ME frisa a “redução do insucesso escolar que alcança os 19%, 13% e 15% nos 1.º , 2.º e 3.º ciclos, respetivamente, e de 4% no Ensino Secundário”.

Relativamente ao número de alunos inscritos, a quebra é de 14% comparativamente às matrículas de 2001. O decréscimo, aponta o relatório, “é mais visível no Básico”, já que no Secundário regista-se um aumento de alunos desde 2011, de 3,8%, confirmando-se que o alargamento da escolaridade obrigatória contraria a quebra demográfica.

No Superior, a Educação foi a área que registou maior quebra de inscritos face ao ano anterior: menos 2,6% de alunos matriculados nas instituições públicas e menos 4,8% em instituições privadas. Os cursos de Tecnologias de Informação e Comunicação aumentaram 20,9%.