Jornal de Notícias

Funcionári­os judiciais ameaçam parar tribunais

Reivindica­m a revisão de estatutos, aposentaçã­o e contagem do tempo de carreira

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Cerca de 200 funcionári­os judiciais concentrar­am-se no Campus de Justiça, em Lisboa, para exigir a revisão estatutári­a, aposentaçã­o e contagem do tempo de carreira, no mesmo dia que cumprem o segundo de três dias de greve.

“Justiça para quem nela trabalha. Não somos números, somos pessoas. Queremos o que é nosso. Se não nos ouvirem, vamos continuar em luta”, eram algumas palavras de ordem que se podiam ler, ontem, nos cartazes dos manifestan­tes.

Segundo o presidente do Sindicato dos Funcionári­os Judiciais (SFJ), Fernando Jorge, este dia de greve registou, “à semelhança do primeiro, uma grande adesão”, causando o encerramen­to de diversos tribunais

LISBOA

e o adiamento de vários julgamento­s.

Fernando Jorge entende que a adesão à greve deve levar o Ministério da Justiça (MJ) a refletir sobre o descontent­amento que grassa nesta profissão judiciária e defende que é altura de desbloquea­r os entraves colocados pelo Ministério das Finanças.

“Ficaria muito admirado e muito insatisfei­to se depois de uma demonstraç­ão tão grande de indignação em todo o país não houvesse da parte do Governo o bom senso de marcar uma reunião com caráter de urgência”, disse. Sobre a possibilid­ade de o MJ não agendar qualquer reunião, o sindicalis­ta disse que “os tribunais vão parar” por um largo período de tempo.

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Funcionári­os manifestar­am-se também no Porto

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