Jornal de Notícias

MP quer absolver juiz que chamou porca à ex-mulher

Acusado de violência doméstica por causa de 12 mensagens, alega que insultos eram mútuos e faziam parte do relacionam­ento normal do casal

- Delfim Machado justica@jn.pt PORMENORES

O Ministério Público (MP) do Tribunal da Relação de Guimarães pediu a absolvição do juiz Vítor Vale, de Famalicão, que está a ser julgado por violência doméstica na sequência de mensagens enviadas à ex-companheir­a, nas quais lhe chamava “porca”, “mentirosa” e “miserável”, entre outras coisas.

Ontem, nas alegações finais do julgamento onde Vítor Vale está pronunciad­o por um crime de violência doméstica, o procurador do MP justificou que o “vernáculo de cariz sexual seria usual” entre Vítor Vale e Alexandra Pinto Basto, com quem o juiz viveu entre 2007 e 2011. Ainda que o procurador admita que as mensagens são “lastimávei­s e lamentávei­s, com linguagem imprópria”, não são suficiente­s para deixar a mulher “em estado de prostração”.

GUIMARÃES

12 MENSAGENS

Recorde-se que Vítor Vale é acusado de ter enviado as mensagens à ex-companheir­a por estar inconforma­do com o fim da relação. Em causa estão 12 mensa- gens onde chama nomes como “porca”, “mentirosa”, “miserável” e outros palavrões à ex-companheir­a, para além de lhe dizer que ela vai arrepender-se e que os juízes “mandam nesta merda toda”. Disse, ainda, que o dever da ex-companheir­a era estar na cama: “O teu dever é estares na cama sempre que eu me deitar e sempre que eu acordar. Não estás a cumprir com as tuas obrigações”.

O argumento do MP é semelhante ao de João Ribeiro, Vítor Vale é juiz de Execução no Tribunal de Famalicão. Viveu em Braga com Alexandra Pinto Basto.

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Ex-companheir­a diz que se sentiu “maltratada” por mensagens de Vítor Vale

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