Centro-esquerda muda a história do poder no México
Candidato progressista Andrés López Obrador alcança Presidência. Juntos Faremos História conquista Congresso
O poder no México virou para o lado esquerdo, graças à vitória indiscutível do candidato presidencial progressista Andrés López Obrador, com mais de 53,6% dos votos, e à conquista da maioria absoluta, no Congresso, pela coligação de centro-esquerda Juntos Faremos História.
Ovacionado por dezenas de milhares de apoiantes, Obrador, 64 anos, vencedor à terceira candidatura, rompendo o monopólio das forças conservadoras e de Direita, insistiu (“Eu sou teimoso, é sabido!”) na sua “principal promessa”.
“É com esta convicção que vou agir como presidente da República, teimosamente, com perseverança, com uma cegueira quase louca: vou acabar com a corrupção”,
ELEIÇÕES
afirmou, em relação ao reconhecido problema central do país – a par da pobreza, que também jurou combater, e da violência.
Endémica, graças a poderosas organizações criminosas, a violência marcou as eleições presidenciais e gerais de domingo. Mais de 145 dirigentes políticos e sociais, incluindo meia centena de candidatos, foram assassinados e mais de quatro centenas foram agredidos, desde o início da campanha.
“MUITO QUE FAZER”
Secundado a larga distância pelo direto opositor de Direita Ricardo Anaya (22,6%), Obrador terá amplo respaldo no Senado e na Câmara dos Deputados, onde a coligação Juntos Faremos História, integrada pelo seu Movimento de Regeneração Nacional, pelo Partido do Trabalho e pelo Encontro Social, garantiram maiorias absolutas.
A agenda interna passa por transformações sociais económicas e políticas (promete acabar com a “máfia do poder” que governa o país há um século, em mais de sete décadas consecutivas nas mãos do Partido Revolucionário Institucionalista (PRI), agora relegado para terceira força parlamentar, e com um interregno de 12 anos do Partido de Ação Nacional (PAN).
Mas é a agenda externa que mais atenção justifica, desde logo no plano das relações comerciais com os outros dois países da América do Norte. “Quero muito trabalhar com ele. Há muito para fazer para beneficiar tanto os Estados Unidos como o México”, reagiu o presidente norte-americano, Donald Trump, que quer denunciar o acordo comercial da região – defendido por Obrador e pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que aliás “pretende fortalecer mais ainda a associação dinâmica entre os dois países”.
“Vamos estender a mão para procurar uma relação de amizade e cooperação com os Estados Unidos da América”, disse Obrador à cadeia mexicana Televisa.
A esperança no reforço de relações dominou as mensagens de felicitações dos chefes de Estado – da vizinhança latino-americana à China, que atribui ao México um “papel importante” nas relações “internacionais e regionais”.
As 12 crianças e o seu treinador de futebol, presos há mais de uma semana numa gruta na Tailândia, foram encontrados, ontem, com vida, anunciou o governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osatanakorn.
Osatanakorn afirmou que a equipa de futebol foi encontrada a salvo e que estava a ser resgatada, mas que a “operação [de resgate] ainda não acabou”.
Os rapazes, de 11 a 16 anos, e o seu técnico, de 25, entraram na caverna Tham Luang Nang Non depois de uma partida de futebol no passado dia 23, mas chuvas quase constantes desde então impediram as operações de resgate.
As autoridades já tinham expressado, durante as operações de resgate, as suas esperanças de que o grupo tivesse encontrado um local seco dentro da caverna e que continuassem vivos.
Várias centenas de socorristas, incluindo soldados norte-americanos e mergulhadores britânicos, participaram nas operações de busca e resgate dos jovens de uma das maiores grutas da Tailândia, no parque natural Tham Luang-Khun Nam Nang Non, na província de Chiang Rai, no norte do país.
TAILÂNDIA